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O UX Design Limita a Criatividade?
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O UX Design Limita a Criatividade?

Capa de artigo: UX Design limita a criatividade?

Você acabou de conseguir sua primeira oportunidade em UX Design, finalmente! E isso é fruto de muito estudo e muita dedicação.

Portanto, não é de se espantar a sua ansiedade em poder criar grandes produtos e desenvolver diversas interfaces que vão deixar qualquer um de queixo caído.

Mas quando você começa a trabalhar em seu primeiro projeto percebe que existem diversas restrições para o seu desenvolvimento e você não consegue colocar para fora todo esse seu lado criativo.

Então, você começa a se sentir frustrado com o UX Design. E acaba pensando que talvez o UX não deixa os designers serem criativos.

Mas será que esse pensamento é uma verdade? Será mesmo que não dá pra ser criativo com UX Design? Vamos entender um pouco mais sobre isso!

O que é criatividade?

Antes de entrarmos na discussão sobre a criatividade dentro do UX Design, primeiro devemos entender o que é criatividade, o que não é e como ela acontece no nosso cérebro.

A criatividade possui diversos conceitos, alguns mais poéticos do que outros. Susan Weinschenk, no entanto, gosta de se referir à criatividade usando este conceito:

"Criatividade é um processo que tem como resultado algo original e de valor."

Dessa forma, podemos enaltecer 4 palavras da frase acima: processo, resultado, original e valor.

Ao contrário do que muitos pensam, a criatividade — segundo Susan — é um processo que tem como objetivo produzir algo que agregue valor à empresa ou indivíduo.

Mais à frente, falaremos um pouco mais sobre o processo de criatividade.

O que não é criatividade?

Há bastante confusão quando falamos sobre criatividade e inspiração.

Como dito acima, criatividade é um processo e, portanto, é possível estabelecer certo controle sobre ele.

No entanto, muitas pessoas entendem que criatividade é algo mais artístico e que age como se fosse uma maneira de se expressar.

Porém, temos que ter cuidado para não confundir esses conceitos.

Criatividade não é:

  • Criar livremente;
  • Uma maneira de se expressar;
  • Algo exclusivo de artistas.

Muitos designers reclamam que, quando em um projeto de UX Design, existem muitas restrições no momento de desenvolver o produto e que isso não é bom para a criatividade.

Contudo, essa afirmação não é verdade.

As restrições contribuem com a criatividade, uma vez que elas norteiam o objetivo do projeto e da experiência do usuário.

Dica de Leitura: 6 Princípios Fundamentais do Design de Interação

Como acontece o processo de criatividade no nosso cérebro?

Imagem ilustrativa: como acontece o processo de criatividade no nosso cérebro?

Apesar do senso comum dizer que o lado direito do cérebro é o lado da criatividade, isso não é bem verdade. Já que o processo de criatividade no nosso cérebro acontece por meio de diversas conexões que envolvem o cérebro como um todo, e não somente apenas um lado.

Dessa forma, são 3 as conexões cerebrais envolvidas na criatividade: Conexão de Atenção Executiva, Conexão de Imaginação e Conexão de Saliência.

  1. Conexão de Atenção Executiva: acontece quando você está focado em resolver um problema ou em criar alguma coisa. Portanto, quando você está encarando o seu computador pensando qual a melhor forma de desenhar um produto, você está usando a conexão de atenção executiva.
  2. Conexão de Imaginação: acontece no seu subconsciente. Quando essa conexão se inicia, ela busca na sua memória, nas lembranças e no seu conhecimento, soluções para resolver o problema encontrado pela Conexão de Atenção Executiva.
  3. Conexão de Saliência: também atua no subconsciente. Seu papel é monitorar o trabalho da Conexão de Imaginação e trazer para o seu consciente as soluções que podem ser utilizadas para o seu problema.

Portanto, você conseguiu reparar que a criatividade em nosso cérebro realmente funciona como um processo?

UX Design limita a criatividade do designer?

Agora que já vimos o que é criatividade e como ela acontece, podemos tentar entender o seguinte questionamento: O UX Design limita a criatividade do Designer?

Essa questão se faz presente no dia a dia, talvez por dois motivos:

  1. Sempre existem restrições para o desenvolvimento de um produto;
  2. Vemos sempre o mesmo padrão de layout/wireframe em apps e sites.

Dessa forma, vamos explorar um pouco mais cada um desses pontos.

As restrições de um projeto, limitam a criatividade?

Lembra que já conversamos que há um erro de entendimento sobre ser criativo? O qual diz que a criatividade é se expressar e criar sem limitações.

Mas a verdade é que ser criativo não é isso.

Ser criativo, principalmente quando falamos em UX Design, é conseguir encontrar as melhores soluções para o problema do usuário.

E quando falamos sobre desenvolver um produto, é claro que haverá restrições de projeto, por conta das pesquisas que foram feitas, ou até mesmo, por conta de orçamento.

Dessa forma, a criatividade está muito atrelada a como fazer o usuário percorrer a sua jornada pelo produto/site, disparando os gatilhos corretos e fazendo com que ele atinja seus objetivos e expectativas.

Engana-se quem pensa que criatividade está ligada somente ao mundo artístico e da expressão dos sentimentos.

Ser criativo é conseguir criar um produto funcional com uma excelente usabilidade, apesar dos diversos obstáculos impostos para isso. Portanto, as restrições de um projeto, ao contrário do que se pensa, podem até mesmo aumentar a criatividade do Designer. Uma vez que são impostos desafios que instigam as suas habilidades.

Dica de Leitura: Como Criar Personas para Projetos de UX Design?

Os mesmos layouts, a mesma experiência e menos criatividade em UX Design?

Se você está acostumado a fazer compras online já deve ter reparado que a maioria dos sites de ecommerce possuem, quase sempre, o mesmo layout.

Exemplo de Wireframe em projeto de UX Design
Snapagency’s Amazon-eque wireframe

O principal argumento para esse fato é dizer que esses layouts se provaram ser os melhores para a experiência do usuário, por isso não há como fugir deles.

E como consequência disso, a criatividade do designer estaria morta.

Ora, então podemos dizer que o UX Design chegou em um ponto onde não há mais como ser criativo sem abrir mão da experiência do usuário?

Não é bem assim.

Na verdade, os mesmos layouts são utilizados por alguns motivos:

  1. Solicitação do cliente;
  2. Falta de orçamento/tempo para maiores pesquisas e testes de usabilidade;
  3. Não realização de pesquisas com usuários;
  4. Não entendimento das necessidades dos usuários.

É importante ressaltar o último motivo dessa lista. Não adianta ter orçamento e pesquisa se não sabemos interpretar as necessidades do usuário.

Apesar das pesquisas serem importantes, nem sempre as pessoas conseguem nos dizer exatamente o que elas precisam. Dessa forma, é papel do UX Designer interpretar as pesquisas, entender qual é a real necessidade do usuário e usar a criatividade para solucioná-la da melhor forma possível.

Voltando ao exemplo dos sites de ecommerce, é possível construir novos layouts que atendam as necessidades específicas das pessoas, sem prejudicar a sua experiência. É preciso quebrar esse paradigma e esses moldes pré-determinados.

Como estabelecer um processo criativo?

Nesse artigo, já entendemos o que é a criatividade e quebramos alguns mitos que dizem que não é possível ser criativo com UX Design.

Mas, então, como podemos praticar a criatividade? Como podemos estabelecer um processo que facilita o lado criativo?

Para responder essa pergunta, Susan Weinschenk descreve um processo em 4 etapas:

  1. Entenda seu objetivo: escreva exatamente o que você deve fazer, todas as ideias e todas as restrições que você possui. Dessa forma, a sua conexão executiva de atenção será colocada para funcionar;
  2. Dê um tempo: afastar-se um pouco do seu problema fará com que sua conexão de imaginação trabalhe melhor;
  3. Anote todas as ideias e soluções: ande com um bloco de notas ou anote no celular. Não assuma que as boas ideias virão mais de uma vez, portanto, não confie na sua memória;
  4. Trafegue entre o macro e o micro: durante o processo de criação, intercale o desenvolvimento mais abrangente e o desenvolvimento mais detalhado. Por exemplo: trabalhe no detalhe de um botão durante 10 minutos e depois volte sua atenção para o design mais macro do produto. Esse processo estimula a criatividade.

Como praticar a criatividade

Além de estabelecer um processo criativo, é importante entender como praticar a criatividade.

Mark Baskinger enumera 3 atitudes que estimulam a criatividade:

  1. Construa um entendimento compartilhado do cenário: o design é uma atividade social. Portanto, é importante dividir as ideias com as demais pessoas do seu time. Mas não faça isso aleatoriamente. Desenhe, escreva, faça sketches e apresente a ideia aos demais. Criando esse entendimento coletivo do problema, fica fácil abrir a discussão para novas ideias e soluções;
  2. Pergunte "e se": não tenha medo de quebrar paradigmas e propor ideias das mais diferentes formas. Pense sempre em alternativas para as soluções já criadas ou sugeridas. Perguntar "e se" ajuda a pensar em diferentes respostas para a mesma questão;
  3. Tenha coragem de falhar: experimente. Não tenha medo de falhar. Claro, é preciso entender o quanto se pode falhar porque em um projeto há grandes investimentos. Contudo, errar faz parte do processo e faz com que você pense em novas soluções para aquele problema.

Ter em mente essas 3 atitudes, fará você praticar a sua criatividade. Além disso, somar esses passos a um processo criativo bem estabelecido fará com que a criatividade se torne cada vez algo mais natural.

Dica de Leitura: Brainstorming – Técnicas Para Destravar Suas Ideias

Como desbloquear a criatividade em UX Design? 3 passos simples, pela NN/g.

A Nielsen Norman Group também tem sua própria dica de como sair da tela em branco da falta de criatividade.

Dessa forma, a NN/g enumera 3 passos simples para conseguir sair do bloqueio criativo:

  1. Abstraia o problema: reescreva o problema para que ele se torne mais abrangente. Trate-o de forma mais simples, tirando do contexto original. Dessa forma, você não se prenderá aos detalhes e poderá dar mais espaço para a criatividade;
  2. Identifique campos alternativos: identifique outros campos, fora do contexto atual, que lidam com problemas parecidos;
  3. Inspire-se: a última etapa é encontrar inspiração dentro do campo alternativo encontrado na etapa anterior. Dessa forma, você consegue adaptar soluções de outros campos para a sua realidade.

O exemplo usado pela NN/g para ilustrar esses 3 passos é o desenvolvimento de painéis solares dobráveis que a BYU criou para a NASA. Veja o vídeo completo:

Com este artigo esperamos que você tenha entendido que o UX Design não mata a criatividade. E que, além disso, existem processos e meios para desbloquear a sua criatividade que te ajudarão a resolver problemas no desenvolvimento dos seus produtos.

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