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A Importância do Storytelling em UX – Entrevista Com Petra Renor
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A Importância do Storytelling em UX – Entrevista Com Petra Renor

A Petra, formada em Design de Produto e Aluna do Bootcamp Master Interface Design (MID), veio compartilhar conosco um pouco da sua história e percalços em busca do tão esperado ‘Sim’ para iniciar sua carreira em UX.

Ela nos conta como foi o início dessa jornada, desde descobrir onde se encaixava profissionalmente até conseguir o primeiro emprego em UX, na startup Runrun it.

A Petra também fala sobre como foi se dedicar aos estudos durante a pandemia, como se planejar em cada etapa, a importância de um currículo que conte a história certa, e como aproveitar respostas negativas para transformá-las em insights!

Dica de leitura: Como Utilizar o Storytelling Para Você se Destacar em UX Design

Petra, primeiramente, nos conte um pouco sobre você!

Eu sou Petra, me formei em Design de Produto, e descobri UX na metade do curso ao conversar com um professor. A partir dessa conversa, comecei a me envolver com projeto de pesquisa e extensão e fui lendo sobre o assunto e me interessando cada vez mais.

Também trabalhei nesse meio tempo como designer gráfico até conseguir fazer a migração para área de Design de Produto, para UX/UI.

E o que te levou a escolher a área de UX?

Eu gostava da parte de pesquisa, de conversar com os usuários, e também queria pensar mais na estratégia do produto. Explorei muitas áreas ao longo da universidade, mas sentia que não me encaixava bem.

Então, a partir de uma conversa com um professor, em que ele mesmo me orientou a pesquisar sobre UX, comecei a ler sobre o assunto, a participar de eventos, e até a conversar com pessoas que trabalhavam na área.

Foi quando ficou claro para mim que era isso que eu queria. Eu gostava demais disso. Inclusive, foi nessa época também que eu conheci a Aela e comecei a acompanhar o conteúdo.

Dica de Leitura: UX Research – A Importância da Pesquisa em Product Design

Então você foi acompanhando nossos conteúdos antes de realizar o curso?

Sim, principalmente no Medium. Eu achei muito conteúdo da Aela lá, e também pelo Instagram, e comecei a seguir algumas pessoas que eram alunos da Aela.

Quando eu estava decidindo se realmente iria seguir para a área de UX ou não, comecei a conversar com alguns alunos da Aela, perguntei sobre o curso e eles super me indicaram!

Falaram que os mentores estavam sempre muito presentes, o que é verdade, e fui perguntando também para outras pessoas, sempre elogiavam a escola e decidi seguir por esse caminho.

style guide UX
Portfólio Petra Renor

Existem vários caminhos para entrar na área de UX, o que te levou a começar pelo Bootcamp?

Eu estava bem perdida no meio da faculdade, e percebi que eu gostava muito dessa área de pesquisa. E eu queria algo que conseguisse unir isso com estratégia.

Ao mesmo tempo, eu queria fazer algo mais objetivo, mais mão na massa. Cheguei a pensar em consultorias na área de design e produto físico, mas eu ainda não me sentia feliz porque não era o que eu gostava.

Também fiquei na dúvida entre seguir para área de produto digital ou service design, mas, novamente, sentia falta da parte prática.

Ficou claro o que eu queria fazer: mapear os problemas dos usuários, entender a fundo, e trazer uma solução para eles!

Dica de Leitura: O Que É o Bootcamp Master Interface Design – MID?

Como foi a transição entre faculdade, trabalho e UX?

Quando estava prestes a terminar a faculdade, já comecei a ver alternativas e vagas de emprego, mas sempre percebia que precisaria aprender muito antes de conseguir me candidatar a uma vaga na área de UX.

Era também difícil de achar vagas remotas na época e na cidade que eu moro não tinha muitas opções.

Foi quando resolvi tentar uma vaga em Design Gráfico, que era o mais próximo do que eu queria, e ainda poderia aproveitar para aprender mais sobre UI que eu não tinha muita prática, pois durante a faculdade eu havia me dedicado mais aos estudos em UX. Então, comecei a trabalhar numa agência de publicidade, no departamento de Marketing.

Depois de um certo tempo eu comecei a procurar outras vagas novamente, mas o feedback que recebia é que ainda precisava aprofundar meus conhecimentos em UX/UI.

Decidi então parar e focar, seguir por um caminho só, um estudo mais formal. Isso culminou com o momento da pandemia, quando fui desligada da agência, e foi quando me dediquei aos estudos para poder, depois de alguns meses ou até anos, voltar a me candidatar à vagas de UX/UI.

wireframe ux
Portfólio Petra Renor

Quanto tempo você ficou estudando, do início do MID até conquistar a primeira vaga na área?

Eu entrei no Bootcamp na turma de junho/julho de 2020, e fiquei até março de 2021 para conseguir a proposta.

Foram seis meses focada somente em estudar, sem aplicar para vagas. Depois desse período que voltei a pesquisar vagas.

Dica de leitura: Style Guide – Como Desenvolver o Guia de Estilo da Sua Interface?

Como você organizou os estudos durante a pandemia?

Foi bem difícil, eu estava bem ansiosa nesse momento de pandemia, era tudo muito incerto. Mas resolvi ir aos pouquinhos e ir intensificando à medida que virava um hábito. Comecei estudando só de manhã, por exemplo, e à tarde eu lia.

Gradativamente comecei a focar, e a passar mais tempo estudando. Eu estudava por 6, 7 horas. Encarava como um trabalho, já que não estava no mercado profissional, eu tinha esse tempo livre para direcionar aos estudos.

Eu tinha como meta dois meses para cada projeto. À medida que eu entregava os projetos e esperava pelo feedback, aproveitava para ler um livro ou outro que era indicado.

Lia o material, mas tinha o cuidado que vocês mencionavam, de não ler tudo ao mesmo tempo para não ficar aquela coisa de FOMO (fear of missing out), “ah meu deus, tô perdendo isso, ou perdendo aquilo”.

Então tomei cuidado para não ficar muito ansiosa, e isso me ajudou muito a focar em cada nível; se um nível trabalhava um assunto, eu voltava minha leitura para aquele tópico apenas, na fase seguinte, focava em outro assunto, e assim sucessivamente.

research ux
Portfólio Petra Renor

Ótima dica! E quando você achou que estava na hora de tentar uma vaga em UX novamente?

Foi um período longo, desde que comecei a me aplicar até realmente receber um sim. E também foi um período de muito aprendizado, conversei com vários colegas e eles me deram muitas dicas.

Teve inclusive uma pessoa que perguntou em que nível eu estava — eu estava no nível 3. E ele disse “começa a fazer seu portfólio, vai demandar tempo, você vai fazendo com calma, e aí você vai conquistando as coisas aos poucos, vai colhendo feedback, porque é um processo geralmente logo”.

Eu segui a sugestão dele, comecei a fazer o meu portfólio aos poucos, filtrando as informações de forma concisa para que os recrutadores pudessem entender, e fui pedindo também para as pessoas avaliarem, perguntando o que elas achavam.

À medida que eu participava de processos, fui conseguindo coletar feedbacks. No início eu recebia muitos 'nãos' e ficava sem entender o porquê. Quando comecei a pedir feedback, fui entendendo melhor e isso me permitiu melhorar.

Eu também ouvi vários podcasts sobre currículos; como preparar, boas práticas, e fui adaptando meu currículo e meu LinkedIn conforme as dicas.

A conversa que tivemos na mentoria um pra um (one-on-one) também ajudou muito! Foi depois disso que comecei a receber mais retorno. Eu comecei a me preparar mais para o momento da entrevista, a pesquisar mais sobre as empresas antes de cada processo, e percebi que essas atitudes rendiam frutos, pois comecei a avançar mais nas etapas.

Você consegue lembrar os principais aprendizados nesse processo?

Um deles foi quando um Head de Design me disse, "deixe sua apresentação o mais fluída possível; evite colocar tanta coisa, fala mais da sua história, não se preocupa tanto em mostrar os gráficos, queremos entender o seu processo, foque nisto”.

Esse foi um dos maiores aprendizados nesse processo porque eu me preocupava muito em colocar imagens e textos, e esquecia do storytelling. Então, quando ele falou isso e passei a modificar minhas apresentações, isso também colaborou muito.

proto personas ux
Portfólio Petra Renor

E como está o processo de entrevistas para área de UX? Teve entrevista, teste, whiteboard challenge?

Antes da Runrun it, participei de muitos processos que pediam coisas diferentes. Pediam cases, whiteboard challenges, e teve processos que pediam para que eu entregasse projetos completos em dois dias!

Eu gostei muito do processo da Runrun it, as pessoas desde o início me deixaram bem à vontade. Eu tive que apresentar os cases do meu portfólio e à partir disso eles me fizeram perguntas sobre como era o meu processo.

Foi muito legal e tranquilo porque não me senti pressionada como em outros processos. Senti que era um bom sinal, achei as pessoas muito humanas. Me perguntaram também da Aela, sobre os cases de estudo, e fui apresentando de forma bem natural.

Não foi um processo longo, eu logo recebia resposta e feedback após cada etapa, então não foi algo que gerou ansiedade.

No final, recebi a proposta do Head de Design e fiquei muito feliz com a escolha da empresa, porque quando comecei a trabalhar, vi que a organização era de fato humanizada e descobri que isso também pesa e diz muito sobre uma empresa.

Dica de leitura: Benchmarking – Como Efetuar A Análise De Competidores Em UX Design?

Como está sendo trabalhar com UX, alinhando expectativas e realidade?

O onboarding que fizeram comigo foi muito legal, acabei conhecendo pessoas incríveis.

O clima interno é muito bom, a gente trabalha em squads, então eu fico bem focada em um tipo de usuário.

Também aprendi e continuo aprendendo muito com outras pessoas, principalmente da área de produto, onde há muita troca. Por mais que seja remoto, as pessoas não trabalham separadas.

É até interessante porque antes da pandemia, a empresa não era remota, e eles se adaptaram super bem a esse formato. Isso fez com que eu não tivesse dificuldade na adaptação.

Temos um líder de design que está sempre presente, e eu aprendo muito com ele. Os desenvolvedores também fazem parte do processo, o que é ótimo porque todos estão dispostos a trabalhar juntos, eu tinha receio de ter um desenvolvedor mais ranzinza que talvez não gostasse de participar do processo.

portfolio petra renor ux
Portfólio Petra Renor

Se você voltasse no tempo, o que diria para Petra do passado ao descobrir a área de UX/UI?

Eu diria para ela ir com calma, para ser mais estratégica, ir mais devagar: baby steps.

Porque o sim vai chegar, ele sempre chega. E foi muito bom eu ter esperado, ter recebido muitos ‘nãos’ antes do sim, porque com eles eu pude aprender e evoluir.

Para mim, o crucial é isso. Ter uma estratégia bem definida, pensar bem no que você quer, e ter em mente que pode demorar. Se você quer uma boa oportunidade, pode demorar a chegar, mas quando chegar, vai ser ótimo.

Petra, muito obrigada pelo seu tempo. Parabéns pela conquista e sucesso na sua jornada!

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