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Migrei para UX Design na Mesma Empresa — Entrevista com Alessandra Aranha
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Migrei para UX Design na Mesma Empresa — Entrevista com Alessandra Aranha

Nesta entrevista conversamos com a aluna do Master Interface Design, Alessandra Aranha, que nos conta sua trajetória de migração do design gráfico para UX Design.

Alessandra nos conta como foi seu interesse pelo design e por que se interessou tanto por UX e Product Design.

Além disso, ela compartilha como conseguiu uma oportunidade em UX na mesma empresa em que atuava como Visual Designer.

Confira esse bate-papo inspirador!

Alessandra, fala um pouco sobre você!

Meu nome é Alessandra, tenho 36 anos e agradeço por fazer parte desta sequência de entrevistas!

Sou formada em design desde 2011 e tenho trabalhado nessa área desde então. Eu sempre me interessei por design porque foi algo que fui aprendendo a curtir e a gostar, com o passar do tempo.

Minha jornada no design começou de maneira curiosa. Sempre fui apaixonada por video games e tecnologia. Na década de 90, tive a oportunidade de ganhar meu primeiro computador, o que coincidiu com a explosão da internet.

Foi nesse contexto que me envolvi com fóruns online e acabei participando ativamente de uma comunidade de design, onde assumi o papel de moderadora. Ali, desenvolvi habilidades na criação de banners e avatares para a galera. Esse foi o meu primeiro contato com design e a partir disso comecei a enxergar a área como uma possibilidade.

Ao mesmo tempo, meu interesse por moda era bastante forte, e cogitei me formar em design de moda. No entanto, o destino me conduziu para a faculdade de design digital, onde aprofundei meus conhecimentos na área.

Durante o curso, tive a oportunidade de conhecer outras áreas do design, como 3D, ilustração e usabilidade (agora conhecida como UX).

Embora tenha me encantado com as aulas de usabilidade, o design gráfico continuava a ser minha grande paixão, especialmente por sua conexão com a moda e publicações visuais. Após a graduação, busquei pela área de impressos e diagramação, trabalhando em uma agência de publicidade.

Mas com o passar do tempo, percebi que meu crescimento profissional estava estagnado, o que me deixou inquieta.

Foi nessa época que tive a sorte de encontrar um vídeo seu, Felipe, no Facebook sobre mudança de carreira. Fiquei encantada com suas ideias e participei do workshop gratuito que você oferecia. Foi assim que conheci a Aela e o MID, e pude enxergar um novo caminho profissional em UX e Product Design.

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Eu não lembro a última vez que eu abri o Facebook! Então, dá pra ver que a gente tá junto há bastante tempo! Você falou muito sobre paixão e curiosidade. Por que você diria que Product Design seria o caminho ideal pra você?

Bom, eu gosto muito de ter essa liberdade de criar. Sempre apreciei essa possibilidade de explorar o que posso entregar, e o fórum, como mencionei, me proporcionava isso.

À medida que fui amadurecendo, minha visão sobre design mudou com o tempo. Perguntava a mim mesma: "Por que devo fazer algo só porque alguém disse para fazer assim?" Comecei a questionar e percebi que queria partir para outra abordagem, buscando entender as coisas e não simplesmente criar por "criatividade".

Naquela época dos fóruns, havia designers altamente criativos, e todos exibiam seu potencial, mas muitas vezes não sabíamos a origem das ideias ou os motivos por trás delas. Mesmo nas aulas de usabilidade da faculdade, o incentivo era ir atrás dos argumentos, o que sempre me interessou bastante.

No entanto, essa parte adormecida de mim começou a querer aflorar à medida que eu crescia e entendia melhor o cenário do design gráfico. Percebi que aquela abordagem já não fazia mais sentido para mim.

Além da questão financeira, buscava a possibilidade de alcançar novos patamares. E foi exatamente isso que encontrei no Product Design. Foi uma virada de chave completa em minha carreira, um verdadeiro marco para mim.

Portfólio Alessandra Aranha

Você lembra como foi criar uma rotina de estudos, para ter foco e conseguir absorver e aprender o que você precisava? O que você fez para segurar um pouco a ansiedade e focar nos estudos?

Confesso que minha trajetória no MID teve altos e baixos. Em certo momento, precisei dar uma pausa devido ao trabalho e a falta de tempo para me dedicar totalmente ao curso.

No começo, o engajamento na comunidade de alunos e alunas me ajudou muito, pois recebia incentivos de todos. O pessoal comentava sobre os níveis [do MID] e mostrava suas experiências.

Me comprometer a participar das aulas e receber feedbacks foi fundamental, mesmo que não tivesse entregas a fazer. Isso me motivava a refletir e expandir minha mente para desenvolver o que precisava.

Além disso, mantinha meu computador organizado, com pastas separadas para a Aela e o MID, cada nível em sua respectiva pasta. Isso me permitia ter uma ordem para começar.

Então, primeiramente, eu realizava a desk research. Fazia a pesquisa inicial para entender o que era necessário para cada projeto. A partir disso, eu ia separando o que precisava fazer, identificando o problema que escolhi resolver e qual empresa estava envolvida no projeto. Dessa forma, conseguia estruturar melhor os passos seguintes.

O comprometimento de reservar pelo menos um dia da semana para focar no curso é essencial, pois sabemos que é fácil nos sabotarmos e adiar nossas tarefas. Mesmo enfrentando momentos de estagnação, sempre busquei ajuda de colegas de trabalho para superar esses obstáculos. Ter alguém para trocar ideias e experiências foi muito valioso para o meu progresso.

Enfim, acredito que criar essa rotina e contar com um apoio mútuo foram elementos fundamentais para meu sucesso no MID. Manter o foco e a disciplina durante o curso me permitiu absorver o máximo de conhecimento possível.

Seu caso é especial! Gostaria que você explicasse melhor aqui. Muitas vezes, as pessoas pensam em migrar estudando e abraçando novas oportunidades. Outro caminho é fazer a migração dentro da própria empresa em que já trabalha. Foi isso que aconteceu com você, não foi?

Sim, exatamente! Foi muito interessante, pois já tinha me envolvido com a Aela antes de entrar na minha empresa atual. Eles já contavam com Product Designers lá, e pensei: "Nossa, pode ser uma oportunidade aqui também."

Porém, a vaga disponível não era para Product Design, era para Visual Design, relacionado ao departamento de marketing, que também era algo que eu gostava de fazer.

Apesar disso, percebi que era uma oportunidade boa, pois já estava trabalhando em uma startup de tecnologia, que não era minha área de experiência, mas estava tendo a oportunidade de trabalhar com produtos digitais, o que era muito bacana.

Decidi fazer essa migração dentro da empresa e achei sensacional. Nem sempre esse movimento é tão fácil, depende muito da empresa e da abertura do gestor para ouvir suas aspirações profissionais.

Felizmente, tive essa abertura. Trabalhei no time de marketing por quase dois anos, aproximadamente um ano e seis meses. Então, quando surgiu um headcount em 2021, durante a pandemia, vi a oportunidade no time de produto, onde ficava o time de Product Design.

Pensei: "Eles vão contratar! Talvez eu possa sinalizar meu interesse para meus gestores e ver o que vai dar. Vou conversar com eles para entender melhor como seria essa transição."

Além disso, eu já tinha um bom contato com os UX Designers que faziam parte do outro time e trabalhava com eles em alguns projetos. Tínhamos uma proximidade legal.

Depois de conversar, aconteceu de haver um "match" e consegui fazer a migração. Não foi algo imediato, não saí de um time e fui para o outro no mês seguinte. Tive um período de experiência e adaptação no time de UX da empresa, trabalhando por um tempo nos dois times, até formalizarmos a mudança.

Essa transição foi muito proveitosa para mim, pois já gostava da empresa e estava em busca de uma oportunidade assim. Consegui alcançar esse objetivo e foi incrível para minha carreira.

Portfólio Alessandra Aranha

Você consegue explicar como era sua rotina em Visual Design e o que mudou quando você foi para o time de UX e Product Design?

Quando entrei no time de marketing, o setor estava em processo de estruturação, e fui uma das primeiras pessoas a fazer parte dele. Isso significava que participei ativamente da construção de muitos processos, principalmente no que diz respeito às entregas de design dentro da área. Além do marketing, eu também atendia outras equipes da empresa, como RH, Conteúdo, entre outras. Assim, acabei contribuindo em várias áreas além do marketing propriamente dito.

No entanto, ao migrar para o time de UX e Product Design, minha atuação operacional mudou significativamente em comparação com o marketing. Nesse novo cenário, fui alocada em um squad, trabalhando diretamente com um produto específico da empresa. A utilização da metodologia ágil foi mais intensa nesse contexto, pois no time de marketing, eu comecei a implementar a metodologia ágil, já que ela ainda não era utilizada.

No time de Product Design, essa parte de trabalhar com a metodologia ágil estava melhor desenvolvida, incluindo a colaboração com Product Managers (PM) e Product Owners (PO) para definir as entregas e realizar refinamentos com a equipe de tecnologia, com base nas propostas que eu apresentava. As cerimônias e práticas nessa nova equipe foram completamente diferentes do que eu estava habituada no marketing.

Uma mudança significativa foi a possibilidade de realizar o processo de discovery, algo que não tinha tanta abertura no marketing. Agora, trabalhando com produtos digitais, pude conduzir pesquisas, levantar hipóteses para os produtos e aprimorá-los, tanto em termos de melhorias quanto de proposição de soluções com base nesses insights.

Enfim, o que mais se destacou nessa mudança foi a transformação da minha atuação em pesquisa e a adoção de uma perspectiva estratégica direcionada para o produto, algo que já existia no marketing, mas que ganhou ainda mais ênfase ao trabalhar especificamente com UX e Product Design, focado em um produto específico da empresa.

Dica de Leitura: 7 Soft Skills Valiosas Para Te Ajudar a Migrar para UX Design

O que você diria que foi o seu maior desafio como Product Designer?

Durante esse período, meu maior desafio foi me desenvolver na questão estratégica. Ao migrar do design gráfico para UX e Product Design, não se tem naturalmente a mentalidade de pensar mais com uma abordagem de negócio.

Assim, o desafio foi criar uma conexão com o time de produto e focar na parte estratégica, compreendendo como esse produto poderia escalar e se desenvolver. Esse desafio ainda é contínuo, pois estou sempre aprendendo e buscando me aprimorar nesse aspecto.

Se eu tivesse que apontar um único desafio, seria esse em específico, pois a parte de UI (User Interface) me pareceu mais tranquila em comparação ao desenvolvimento da visão estratégica.

Percebo que as empresas estão valorizando cada vez mais designers com olhar estratégico, que entendam o negócio e atuem como parceiros dos Product Managers. É exatamente nesse sentido que busco me aprimorar cada vez mais.

Portfólio Alessandra Aranha

Se abrisse uma nova vaga para atuar junto com você, e aí você recebesse alguns portfólios, o que você olharia como ponto principal na hora de decidir por um designer?

Eu daria uma atenção especial à linha de raciocínio da pessoa e como ela desenvolveu aquele projeto de ponta a ponta, ou seja, de forma end-to-end.

Porque, como eu disse, o aspecto visual em si pode ser aperfeiçoado e cada empresa possui seu brand guide e design system, então isso pode ser adaptado.

O que realmente consideraria é a linha de raciocínio, o olhar estratégico e a dedicação à pesquisa. Esses seriam pontos fundamentais que levaria em consideração para analisar os portfólios dos candidatos. A abordagem estratégica é essencial para um designer que deseja trabalhar conosco e fazer parte do time de Product Design.

Se algum colega seu da época dos fóruns te encontrasse hoje em dia e se interessasse também pela área de UX e Product Design, que dica você daria para essa pessoa?

Eu indicaria que ela buscasse vídeos no YouTube, assim como assisti um vídeo seu no Facebook. Acredito que ao assistir a esses vídeos, a pessoa conseguiria entender melhor as possibilidades e amadurecer a ideia, o que é muito importante.

Em vez de simplesmente ouvir falar e achar legal, é essencial amadurecer a ideia. Sugeriria que ela tirasse um tempo para pensar: o que realmente precisa fazer? É importante compreender mais sobre a área, o que a atraiu para o Product Design, o que as pessoas estão consumindo e quais cursos estão disponíveis.

Isso foi exatamente o que fiz na época, e seus vídeos me ajudaram muito. Fui entendendo passo a passo e avaliando o que fazia sentido para mim.

Então, eu aconselharia a listar seus objetivos, definir em que área ela quer trabalhar e em qual empresa deseja estar. Essa clareza é importante para ter um "match" e evitar decepções.

Em resumo, amadureceria a ideia primeiro e encorajaria a pessoa a seguir em frente! Conhecer a Aela também seria uma ótima ideia! (risos)

Se você voltasse no tempo para a época da faculdade, o que você contaria para a Alessandra do passado?

Eu diria: "Dê mais importância à usabilidade, porque será essencial no seu futuro. Não se concentre apenas no design gráfico!"

Hoje, tenho a experiência que me permite desempenhar várias funções. Naquela época, eu estava muito focada apenas no design gráfico, não enxergava além disso e queria me dedicar exclusivamente a essa área.

No entanto, ao longo do tempo, percebi que as oportunidades surgem quando abrimos nossa mente para novas possibilidades. Então, eu aconselharia a dar um cuidado especial à usabilidade desde o início, pois no futuro você trabalhará com isso, e começar a se familiarizar com essa área agora será muito vantajoso!

Portfólio Alessandra Aranha

Alessandra, obrigado pelo seu tempo e muito sucesso na sua jornada!

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