Estratégia Estratégia
Design Sprint na Prática: 5º dia – Testar
Lista de conteúdos
Estratégia Estratégia

Design Sprint na Prática: 5º dia – Testar

Design Sprint na Prática: 5º dia - Testar cover

Finalmente chegou o momento de verificar se a ideia que tivemos lá no começo da semana de Design Sprint será validada pelas pessoas usuárias ou não.

Caso você tenha perdido o conteúdo sobre o 4º dia, acessa aqui:

Que tal? Bora para o último dia?

E se você quiser saber mais sobre a parte teórica do Design Sprint como um todo, leia esse nosso artigo:

O quinto dia do Design Sprint: testar

Finalmente chegamos ao quinto e último dia do Design Sprint, quando enfim testaremos o protótipo e a ideia que foi escolhida ao longo da semana.

É neste dia, portanto, que iremos colocar à prova todo o trabalho conduzido durante a semana do DS.

Dessa forma, é um momento em que devemos deixar nosso apego e vaidade de lado, abrir a cabeça e ouvir todos os feedbacks, críticas e sugestões. Além, é claro, dos elogios e aplausos.

Por conta de estarmos em um processo de validação e entendimento de uma hipótese, é essencial estarmos prontos também para a sua não confirmação.

No entanto, é importante lembrar que a negativa também é um resultado e uma resposta para o processo de DS.

Com isso em mente, vamos enumerar os principais passos para conduzir este dia de teste.

Quais são os principais passos para efetuar o teste?

Antes de mais nada, é essencial pontuar que o teste feito no Design Sprint é diferente de um teste de usabilidade em um processo de lançamento de produto.

No DS, o tempo é muito curto. Portanto, torna-se quase impossível fazer um teste de usabilidade do seu protótipo, levando em consideração o tempo do usuário e a maneira com que ele interage.

Na verdade, o teste do quinto dia é um teste de entendimento, de percepção, para avaliar se a ideia/ hipóteses criadas são válidas ou não.

Com isso em mente, podemos enumerar dois principais passos importantes que devem ser lembrados para esta etapa:

  1. Entender como será operacionalizado o teste: se haverá recrutamento de usuários, se a pesquisa será feita na rua, quais os recursos que serão usados além do protótipo, qual será o roteiro, etc. Esse passo deve ser pensado, na verdade, desde o primeiro dia do DS. Não há condições de pensar na parte operacional do teste no mesmo dia. Portanto, esse planejamento é crucial para que o tempo do quinto dia seja exclusivo para o teste em si, e não para arranjos operacionais;
  2. Ter claro qual é o objetivo do teste: como dito, o tempo é um elemento crucial do Design Sprint como um todo. Dessa forma, é preciso ter claro qual é o objetivo do teste, o que realmente está sendo testado. É impossível, dado o tempo, testar todos os elementos de usabilidade do produto. Portanto, é essencial definir este objetivo para que o teste cumpra com o determinado.

Além do mais, o teste pode não validar um atributo ou elemento, mas, mesmo assim, pode confirmar um caminho, um direcionamento para aonde o produto deve seguir.

Dica de Leitura: Entenda Melhor Como Preparar e Conduzir um Teste de Usabilidade

Quem faz o teste no Design Sprint?

Apesar de existirem especialistas em research, a parte do teste também exige a colaboração de toda a equipe do Design Sprint, assim como em todas as outras etapas.

A colaboração da equipe pode acontecer em três momentos:

  1. No preparo do teste: a equipe pode ajudar a pensar em perguntas para o usuário, nos fluxos e jornadas possíveis e no roteiro do teste. A multidisciplinaridade da equipe se faz importante nesse momento também. Visões diferentes ajudam na melhor construção e preparo do teste;
  2. No teste em si: os testes, geralmente, podem ser divididos em duas responsabilidades: o mediador e o observador. O mediador deve ser alguém mais acostumado e experiente, mas o observador pode ser um membro da equipe. Ele fará as anotações necessárias durante o teste de cada usuário;
  3. Na síntese do teste: na parte final do teste há a consolidação de todos os resultados. O grupo se reúne e discute sobre a conclusão do teste. É importante a colaboração porque, como observadores, cada pessoa pode encontrar diferentes argumentos e justificativas para o resultado do teste. Dessa forma, a colaboração é essencial para coletar todos esses insights.

A colaboração é importante também por conta do tempo curto do Design Sprint. Todos da equipe precisam ajudar no processo. Além de otimizar o tempo, traz novas percepções e visões de outros membros da equipe.

A perspicácia do mediador do teste

A figura do mediador é crucial para conduzir o teste com os usuários.

De maneira geral, para o Design Sprint, o mediador deve ser um UX Researcher mais experiente porque há certos cuidados que precisam ser tomados ao conduzir o teste:

  • Clareza do objetivo: esse requisito é indiscutível e essencial. Sem isso, o mediador pode tomar um caminho equivocado, trazendo resultados pouco relevantes.
  • Livrar-se de qualquer influência: no momento de condução do teste, o mediador deve se blindar de qualquer influência que possa sofrer, seja alguma distração ou algum viés cognitivo;
  • Neutralidade: no mesmo sentido de não se deixar influenciar, o mediador também deve não influenciar ou distrair o usuário. Esse cuidado pode acontecer até mesmo no modo de se vestir. Há casos onde é preferível evitar roupas que chamem muito a atenção do usuário;
  • Deixar o usuário à vontade: lembrar ao usuário que ele não é o motivo do teste, mas sim o produto. Ainda, é importante ressaltar que não há resposta certa ou errada e saber responder as dúvidas sem o influenciar.

Com esses cuidados à vista, é perceptível o motivo do mediador ser alguém mais experiente dentro do processo de Design Sprint.

Além desses cuidados, é importante lembrar que pessoa é única e o mediador deve saber lidar com diferentes situações e casos.

Dica de Leitura: O Que é Empatia e Por Que é Importante em UX Design?

A síntese do teste e do Design Sprint

Beleza. Já efetuamos os testes, fizemos todas as anotações pertinentes, observamos os fluxos e a jornada do usuário.

E agora?

Agora, vem a parte da síntese do teste. Ou seja, é a tabulação dos resultados para identificar os padrões que aconteceram no teste.

Para tanto, é importante a participação de todos da equipe. Cada membro, que tenha participado do teste, irá anotar em post-its os resultados de suas observações.

No entanto, é preciso entender que a anotação dos resultados não se resume a apenas uma palavra como "bom", "rápido", etc. É importante colocar frases completas sobre o entendimento de cada observador em cada teste com o usuário.

Além disso, cada post-it equivale a um resultado/ entendimento/ percepção. A ideia não é colocar tudo em um post it só.

Dessa forma, com tudo separado, é possível categorizar cada resultado e criar clusters para entender os padrões e discutir o resultado final.

Adicionalmente, na etapa de síntese, é interessante fazer um paralelo com todos os aprendizados gerados em toda a semana do Design Sprint. Com isso, é possível traçar tudo o que foi feito, ligando todas as etapas e, também, manter a equipe motivada.

Muitas vezes a ideia do DS pode não ser validada, mas isso não quer dizer que todo o trabalho foi jogado no lixo. Muito pelo contrário.

No DS, a não validação também é um resultado a ser interpretado como positivo. Afinal de contas, imagina se a ideia não passasse pelo processo de Design Sprint e fosse implementada. O prejuízo seria muito maior.

Dúvidas frequentes sobre o dia de teste

O quarto dia do Design Sprint traz muitas dúvidas, afinal de contas, ele precisa ser bem conduzido para que os resultados obtidos sejam válidos e relevantes.

Dessa forma, respondemos algumas dúvidas que podem surgir durante o processo.

1) Posso efetuar o teste com os colaboradores da própria empresa?

Não é aconselhável efetuar os testes com os colaboradores da empresa. Porque, mesmo recrutando pessoas de áreas mais distantes do produto, há bastante viés do negócio. E isso pode influenciar nos testes e nos resultados.

A não ser que haja algum imprevisto no dia do teste, mas sempre que possível evite aplicar a pesquisa com os funcionários.

2) Posso testar com amigos ou familiares próximos?

Se possível, é melhor não. Assim como a pergunta anterior, amigos e parentes podem ter algum viés que influencie no resultado.

No caso, o viés não será de negócio, mas sim pela pessoa. Talvez um parente ou amigo se sinta desconfortável em responder ao teste com sinceridade, pela proximidade que tem com você.

Uma solução para este problema é efetuar o teste com um amigo do seu parente, ou um amigo do seu amigo, o qual você desconheça.

3) Como conseguir, sendo mediador, manter um comportamento neutro no momento do teste?

Uma dica é não se desconectar com o que está sendo falado e analisado. Manter o foco no roteiro também pode te ajudar.

Dessa forma, a sua concentração te ajuda a manter a neutralidade e não se influenciar pela conversa ou por algum fator externo.

4) Como calculo a margem de erro de um teste em DS?

Talvez a pergunta não seja bem sobre margem de erro.

Veja, margem de erro tem muito a ver com quantidade. No caso do DS o número de usuários para o teste é bem reduzido. Não faz muito sentido calcular um percentual de 5 ou 7 pessoas.

O que pode ser feito aqui é estabelecer um nível de confiança dos resultados, construindo uma régua de confiabilidade.

Adicionalmente, você pode cruzar os resultados coletados com as pesquisas feitas nos dias anteriores do DS. Dessa forma, você consegue estimar um grau de confiabilidade que pode lhe trazer mais segurança.

Fim do dia e da semana do Design Sprint

Chegamos ao fim do dia de teste e também ao fim da semana do Design Sprint.

Com essa série de conteúdos, esperamos que vocês tenham conseguido ter uma noção mais prática sobre todo o processo do Design Sprint.

Se você gostou desse conteúdo não se esqueça de clicar em curtir e compartilhar! Esse pequeno gesto ajuda bastante no nosso trabalho! Fique à vontade para continuar navegando aqui e, caso queira receber nossos conteúdos por email, inscreva-se na nossa newsletter!


Programas

Nosso maior orgulho é todo mês ter pessoas da comunidade contratadas em grandes empresas, em países como
Brasil, EUA, UK, Irlanda, Alemanha, Holanda, Espanha, Portugal, Áustria, Rep. Tcheca, Nova Zelândia e Canadá.

Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro