Entrevistas Entrevistas
UX Design Me Ajudou a Ficar em Dublin – Entrevista com Sidnei Santos
Lista de conteúdos
Entrevistas Entrevistas

UX Design Me Ajudou a Ficar em Dublin – Entrevista com Sidnei Santos

Sidnei é aluno do Master Interface Design e nos conta como foi seu processo de transição de carreira do Design Gráfico para o UX Design.

Ele começou a estudar quando já estava morando em Dublin e conseguir mudar para UX Design foi determinante para que ele conseguisse permanecer na Irlanda.

Confira os detalhes dessa história e entenda como é ser UX Designer em Dublin.

Master Interface Design: Conheça nossa certificação em Product Design

Sidnei, conta um pouco da sua história pra gente

Felipe, obrigado pela oportunidade de compartilhar a minha trajetória e, talvez, inspirar algumas pessoas a entrar em UX Design.

Eu trabalho na área de design há mais ou menos 10 anos. Eu me formei em Design Gráfico aqui no Brasil.

Quando eu estava com 5 anos de mercado em Design Gráfico, eu já ouvia falar em UX, mas não ouvia falar como UX propriamente dito. Eu sempre ouvi como Interaction Design.

Inclusive, o meu TCC na faculdade foi sobre Interaction Design.

Eu tive esse primeiro contato com a área, mas por questões de rotina e dia a dia de trabalho, acabei não correndo atrás para conhecer melhor.

Em um certo momento profissional, eu decidi que precisava aprender inglês. Nas empresas que trabalhava o idioma era muito requisitado, e o meu nível era quase nem o básico.

Foi quando em 2017 eu e minha namorada decidimos fazer um intercâmbio em Dublin. Um ano antes, em 2016, já tínhamos ido para Irlanda visitar a minha cunhada e gostamos muito de lá.

Decidimos fazer intercâmbio nesse país justamente pela facilidade da minha cunhada morar lá também.

Dessa forma, eu estruturei um plano de me mudar para Dublin e pegar pelo menos os 8 meses iniciais de intercâmbio.

Portfólio UX Design - Sidnei Santos
Portfólio Sidnei Santos

Você trabalha em Dublin, mas está no Brasil? Explica isso pra gente

Eu vim passar férias no Brasil com a minha família e como a empresa que eu estou tem a opção de trabalhar remoto, aproveitei essa oportunidade de ficar um tempo por aqui.

Já fazia muito tempo que eu não vinha. Desde que eu fui, nunca mais voltei. Eu tinha planos para voltar antes da pandemia, mas como tudo aquilo rolou, acabamos ficando por lá.

Hoje eu estou trabalhando remoto e passando férias aqui no Brasil. Em fevereiro eu volto pra Dublin.

Isso eu acho muito bacana, permitir viajar e trabalhar remoto. O que te atraiu mais em UX Design para você decidir mudar de carreira?

Eu acho que sempre tive um feeling para tendências. Quando estava na faculdade, muitos dos meus amigos estavam indo trabalhar com desenvolvimento de sites.

Eu até me interessei por isso na época, mas depois que conheci sobre Interaction Design, fiz meu TCC no tema, minha cabeça mudou.

Os aplicativos começaram a aparecer e a Apple veio bem forte nesse sentido, de desenvolvimento mobile.

Eu percebi que me identificava muito mais com essa questão de conversar com o usuário, pensar nas interações e proporcionar boas experiências para quem fosse usar o aplicativo. Então foi isso que me levou para esse lado do UX Design.

Até achava legal a parte de desenvolvimento de sites, mas eu pessoalmente não sou uma pessoa tão entusiasta em programação, apesar de achar interessante. Acho que não é muito a minha praia, como é de vários amigos meus.

Dica de Leitura: UX Design: O Que é e Como Atuar na Área?

Como foi a transição do Design Gráfico para o UX Design? Sentiu muita diferença?

Quando eu ainda atuava como Designer Gráfico trabalhei numa empresa que as demandas não estavam mais fazendo sentido.

Todo o processo de pensar e desenvolver cada projeto estava morrendo. Eu estava vivendo só pra matar o leão da hora. Parecia o mesmo esquema de agência, quem já trabalhou sabe.

Então eu comecei a olhar para o mercado e tentar entender o que estava acontecendo.

Comecei a fazer alguns cursos livres de Design Thinking e até uma curiosidade, eu fiz um curso na PUC e conheci a Fábia que era aluna do MID; e foi por causa dela que eu entrei em contato com a Aela.

Eu estava com essa questão de me atualizar e tentar ficar bem pro mercado. Acabei saindo da empresa que estava e entrei em outra, ainda como Designer Gráfico.

Nessa outra empresa, eu ja estava numa posição mais sênior, de Lead. A empresa era pequena, eram somente eu e os founders. Então estávamos estruturando ainda essa área de design e marketing.

Comecei a tentar implementar coisas novas nessa nova empresa. Eu queria trabalhar com Design Thinking, trazendo isso para o meu dia a dia, numa tentativa de voltar a pensar como design, e não somente executar.

Eu vejo sim um pouco de diferença entre Interaction Design e UX, pelo menos na época que tive contato com Interaction, acho que era algo bem focado somente nas interações. Até contemplava um pouco de experiência, mas eu vejo que UX é bem mais amplo e completo, no trato com as pessoas, colocando os usuários no centro de tudo.

Pra mim, se fosse fazer essa distinção, na época, talvez Interaction fosse mais sobre features, e hoje é muito mais sobre experiência como um todo.

Portfólio UX Design - Sidnei Santos
Portfólio Sidnei Santos

Infelizmente existia essa questão no mercado de publicidade e Visual Design no Brasil que as coisas eram feitas porque pediam para fazer, e os designers não conseguiam colocar muito valor naquilo. Era mais sobre fazer por fazer, do que pensar pra fazer

Eu gosto de Visual Design, gosto de botar a mão na massa e fazer uma entrega consistente.

Mas não é só sobre isso.

No Design Gráfico tratava-se o visual sem entender muito o que vem antes disso e o que está por trás do layout pronto.

Era só fazer uma coisa bonita baseada na opinião de alguém

Exato.

Por que você tomou a decisão de entrar no MID?

Foram alguns fatores, mas acredito que o principal foi que era muito difícil obter visto em Dublin como Designer Gráfico.

Essa não é uma carreira elegível dentro do Critical Skills, e que possibilitasse obter o visto de permanência na Irlanda.

Então, eu fiz algumas aplicações na área, meu portfólio estava ok, fiz algumas entrevistas, mas a questão do visto sempre barrava.

Sempre que viam que eu tinha visto de estudante, os processos não seguiam.

Por coincidência, foi quando eu vi um post da Fábia no Facebook e ela estava no MID, fazendo a transição de carreira. Nessa época eu já estava acompanhando alguns materiais sobre UX Design.

Eu entrei em contato e fui perguntar a opinião dela. Ela me indicou muito o MID.

Com isso, tive a certeza e me inscrevi no MID.

No entanto, por uma questão de visto, o meu tempo como estudante estava acabando, e eu tinha que tomar uma decisão: ou continuar na Irlanda como estudante, ou voltar para o Brasil. Se fosse continuar na Irlanda como estudante, eu teria que elevar o nível do meu estudo, fazer uma graduação ou uma pós.

Inicialmente, eu tinha me inscrito mo MID pensando que talvez eu fosse voltar para o Brasil. Mas uma coisa me chamou a atenção no programa, a experiência dos professores e mentores no mercado europeu. Pensei “por que não tentar?”

Comecei a estudar o MID nos últimos meses do meu visto de estudante.

Mas tive que parar os estudos para levantar recursos e poder pagar a pós graduação aqui na Irlanda, que não é barata. Fiz esse movimento para conseguir permanecer com visto por aqui.

Eu pausei mais ou menos na metade de 2019 e voltei no começo de 2020. Nessa volta, peguei mais firme nos estudos.

Então, foi isso, na verdade. O que me levou a tomar essa decisão de migrar para UX Design foi a dificuldade de arrumar emprego na Irlanda e me colocar numa profissão que me desse um visto.

Além disso, UX Design era uma profissão estava, e ainda está, muito em ascensão.

Dica de Vídeo: O Que Faz Um Product Designer?

Acho que uma palavra que te define bem é ‘determinado’. Eu sei que toda essa situação é bem complicada, você não consegue escolher, vem tudo de uma vez

Sim, é bem complicado mesmo.

Se eu pudesse escolher, eu teria escolhido estudar o MID. Mas pela situação em que eu estava num outro país, não tendo tanto suporte da família, moradia, e essas coisas, então temos que correr atrás e acabar fazendo o que tem que ser feito.

Quando a gente imagina um caminho, a gente acha que é reto e crescente. Mas na vida real existem diversos altos e baixos.

Portfólio Sidnei Santos

Valeu a pena tudo isso, cara?

Cara, valeu muito a pena!

Todo mundo que me pergunta sobre o MID, eu digo que sou uma prova viva de que o programa é muito bom.

E eu faço até um comparativo com a minha pós graduação. Tudo bem que não era sobre UX, mas sobre Interaction.

O conteúdo relacionado a UX da pós não chegava perto do da Aela ou do MID.

Nesse aspecto, o MID é muito completo.

A única coisa que me arrependo é não ter conseguido me dedicar mais.

Como você tem que rodar vários pratos de uma vez, eu tive que deixar o MID de lado para focar em outra coisa para, depois, conseguir voltar nos estudos.

Mas, fora isso, eu considero que foi um ótimo investimento. Não só pelo conteúdo, mas pela plataforma e pela comunidade, que ajuda demais!

Sempre que você posta alguma coisa lá, os alunos interagem muito entre si. As próprias monitorias, dá pra pegar muito feedback e informações. Eu não me arrependo disso.

Mas além do MID. Sobre tudo o que você passou, visto, trabalho, estudos. Valeu a pena correr atrás de tudo isso. Você repetiria cada passo?

Eu acho que o objetivo final seria sempre o mesmo.

Se eu pudesse voltar e mudar alguma coisa seria o meu planejamento. Sempre que alguém entra em contato comigo no LinkedIn — geralmente alunos do MID — perguntando dicas, eu sempre digo que quanto mais planejado você for, melhor.

No meu caso, eu acho que demorei muito para decidir se iria ficar em Dublin ou não.

Hoje, quem vem me perguntar sobre a Irlanda, eu digo para pegar os 8 primeiros meses que você tem — por conta do visto de estudante — e ver se você gosta do país. A Irlanda não é uma país para todo mundo.

Você tem que ter tempo de sentir se o país é pra você. Gostando disso, acho que depois dos 8 primeiros meses é sentar e planejar o que você precisa para ficar e se tornar um UX Designer e correr atrás disso.

Existem muitos detalhes que importam no meio do caminho. Se você já é aluno do MID e tá querendo vir pra cá, ter um, portfólio Nível 1 ou 2 já te ajuda bastante.

Eu tive que começar do zero, então eu tive que criar um portfólio em UX Design do começo.

Decidi ficar na Irlanda, tive que fazer uma pós, levantar recursos para pagar a pós… Se eu tivesse decidido com 2 anos de antecedência, talvez eu não tivesse que ter feito a pós, e conseguiria focar só no MID, fazer um portfólio e aplicar para vagas.

Talvez isso já tivesse dado certo e eu não precisasse ter todo o investimento que tive com a pós. Mas também pode ser que daria no mesmo resultado.

Tem várias questões técnicas no meio.

Mas volto a dizer, quanto mais organizado e planejado você for, melhor.

Então, já começa a correr atrás do que você precisa pra ficar no país, se você precisa melhorar o inglês, tirar um certificado no idioma, criar um portfólio, etc.

Entender qual mais ou menos o nível que você precisa estar para conseguir uma oportunidade. Para quem faz o MID, entender se o Nível 1 ou 2 já são suficientes e estudar esses níveis para depois aplicar para vagas, aprender o que funciona e o que não funciona.

Quanto mais planejado você estiver, mais chances você vai ter de ser bem sucedido.

Dica de Vídeo: Como Utilizar Seu Portfólio Para Mostrar O Que Você Quer?

Estratégia é tudo, né? Principalmente para quem quer viver e trabalhar fora do Brasil.

A metodologia do MID permite que cada pessoa estude no seu tempo. No seu caso, lembro que você parou algumas vezes, mas depois voltava com gás total nos estudos.

O que vc fazia para manter essa energia elevada?

Eu acho que nunca fiz nada específico com relação à isso.

Acho que é muito mais a determinação da onde eu queria chegar.

Às vezes eu ficava 3 ou 4 meses sem ver nada do MID. Mas eu sempre mantinha contato com o UX. Consumia algumas pílulas de conhecimento, entrava numa mentoria para pegar insights, etc. Embora não estivesse focado nos projetos, eu sempre estava em contato com as coisas.

Acho que o período que eu mais consegui me dedicar ao MID foi quando eu estava fazendo a pós graduação. Quando eu conseguia eliminar alguns trabalhos da pós e ficava mais tranquilo, tirava um tempo para dar uma relaxada e depois focava no MID.

Eu sempre tive a noção de que o MID era importante para me ajudar a atingir meus objetivos.

Eu gostaria muito de falar alguma dica específica aqui, tipo, eu fiz meditação, esporte, ou algo assim.

Mas na real eu acho que foi mais o senso de que eu precisava fazer porque se eu não fizesse, não iria sair do lugar. Era o compromisso comigo mesmo, de onde eu queria chegar.

Acho que foi isso que me deu gás.

Durante a pandemia foi muito complicado. Lembro que a gente tinha monitorias onde os alunos falavam das dificuldades e incertezas que estavam tendo.

Nessa época, na Europa, estava um período muito caótico de incerteza. Eu estava com essa insegurança e sem emprego, porque tudo fechou.

Mas o fato de ter ficado um pouco parado em relação a emprego nessa época foi que eu tive tempo sobrando. Então, tentei aproveitar ao máximo essa época, nesse sentido, porque não sabia quando eu teria uma oportunidade de ter essa quantidade de tempo disponível.

Então, eu entregava trabalhos da pós e estudava o MID com mais foco.

Portfólio Sidnei Santos

Dublin é um lugar muito interessante. Quase todas as empresas globais de tech têm um escritório em Dublin.

Ao mesmo tempo, tenho a impressão de que a barra de dificuldade para conseguir uma oportunidade lá é muito alta. Você sentiu isso também?

Em relação a portfólio, uma das coisas que eu sempre busquei foi fazer trabalhos de empresas da Irlanda.

Eu fiz um projeto do Bank of Ireland e de outro banco grande.

Essa dica eu peguei quando eu participava de lives de designers que trabalhavam na Irlanda e davam dicas para quem quisesse se inserir no mercado.

Então, uma das coisas era tentar pegar casos e estudos que eles consigam ver e se identificar.

Nós como brasileiros temos a tendência de fazer trabalhos sobre produtos que temos no Brasil, de empresas que a gente conhece.

Mas acho um pouco difícil dos irlandeses tangibilizarem uma empresa brasileira, a não ser que seja uma empresa muito grande.

Então, todo briefing de projeto do MID que tinha a possibilidade de eu escolher a empresa, eu procurava uma empresa irlandesa.

Eles possuem um bairrismo muito forte, eles são muito orgulhosos das empresas e marca deles, de qualquer segmento.

Quando você vai num restaurante, eles fazem questão de colocar que todos os pratos são feitos com produtos irlandeses.

Acho que isso se aplica pra UX Design também. Quanto mais você conseguir tangibilizar o estudo de caso do seu portfólio para a realidade da Irlanda, mais fácil fica de prender a atenção dos irlandeses.

Na empresa que estou hoje, no entanto, foi o processo que menos mostrei meu portfólio. Eles avaliaram muito mais as minhas soft skills e alinhamento com a empresa, do que questões técnicas.

Mas em outras entrevistas, vi que essa questão de você ter casos de empresas deles ajuda bastante.

Só para contextualizar, ao final de cada módulo do MID tem um projeto pera ser feito. Apesar de serem baseados em empresas reais, esses projetos ainda são acadêmicos.

Você sentiu alguma dificuldade em apresentar esses projetos acadêmicos aos irlandeses? Como foi esse processo?

Eu tive sim esse tipo de dificuldade .

Muitas empresas até não ligaram tanto para eu ter projetos acadêmicos no portfólio, mas nas entrevistas eles exigiam um nível muito alto de experiência em UX Design.

E assim, meu histórico como designer gráfico é bem experiente. Já até assumi cargos de liderança nessa profissão.

Mas em UX Design, eu sou praticamente um profissional júnior. Alguns conhecimentos você traz da bagagem em design gráfico, mas são áreas completamente diferentes.

Quando eu ia para entrevistas, eles me puxavam sempre para um nível muito sênior, e isso era um entrave pra mim.

Houve empresas que até elogiavam meus projetos acadêmicos, em termos de fundamentação. Mas depois perguntavam quais ferramentas eu usei, se eu usei o Maze, teste A/B ou hotjar. Ou seja, ficavam numa questão muito ferramental.

E tiveram outras empresas que entenderam que meus projetos do portfólio, ainda que fossem acadêmicos, tinham substância e estruturação, que eu sabia dos processos de UX por ali.

Percebi que essas empresas que aceitavam de forma mais tranquila meus projetos acadêmicos eram empresas com mais maturidade em UX Design.

Eles estavam mais preocupados com o pensamento por trás, e a forma como a experiência estava pensada e estruturada frente a um problema. Como as soluções eram arrumadas e como você usava os dados para direcionar a sua decisão.

Não era só uma questão ferramental.

Acho que foi só nesse aspecto que tive algumas barreiras nas entrevistas.

Na época, não havia tantas vagas de júnior como hoje.

Coincidentemente, depois de uns 2 meses que eu consegui meu emprego, começaram a chover vagas para posições júnior.

Acho que foi um efeito do mercado que estava bem aquecido.

As empresas estão começando a entender que o mercado não tem profissionais sênior suficientes para dar conta da demanda, e elas vão ter que começar a investir em profissionais de entrada.

Sobre isso, um fato curioso: na semana que assinei meu contrato na empresa que trabalho, eu estava com 4 processos seletivos em aberto. Em 2 eu já tinha até feito design challenges que não foram difíceis.

Uma dessas empresas gostou tanto do meu perfil que adaptou a vaga para um possível estágio e uma vaga júnior. Mas eles me ligaram logo depois que eu já tinha fechado com a outra empresa. Até disse para eles que se tivessem me ligado um pouco antes, a história seria completamente diferente.

Conversando com algumas pessoas, vejo que estão aparecendo muito mais vagas para designers júniores.

Tive contato no LinkedIn com cerca de 3 recrutadores, todos apresentando vagas júnior.

Então, estou achando bem legal esse movimento.

Dica de Vídeo: Como Estruturar um Projeto Acadêmico de Design?

O mercado realmente está bombando e faltam profissionais na área mesmo. Vejo pessoas querendo migrar para UX Design, mas sem nenhum estudo, achando que basta só organizar um portfólio.

Sim, e adicionando um ponto, acho que o planejamento é muito importante mesmo, porque a pessoa que estiver me ouvindo aqui pode pensar que foi a pós que fiz que me ajudou a garantir a vaga, ao invés do MID.

Eu acho que foram diversos fatores.

Não preparei meu CV sozinho. Eu paguei um recruiter para me ajudar a montar o currículo num parâmetro europeu para aumentar as minhas chances.

Em todos os trabalhos do MID eu tentava pegar o feedback dos mentores, pra chegar numa estruturação mais compatível com o que o mercado pratica.

Então, acho importante pensar e se atentar para algumas coisas,

Claro que quando eu digo planejamento não quero dizer que foi tudo mapeado certinho. Muita coisa foi também batendo cabeça.

Você vai numa entrevista e vê que a pessoa ali mencionou algo interessante. Então, no próximo trabalho que fizer, tente usar aquilo que foi falado para melhorar a entrega.

São coisas que podem parecer que não fazem diferença, mas fazem sim.

Por exemplo, você pode fazer o teste com o usuário pelo zoom, mas se você fizer no Maze já vai ter uma conotação bem diferente em uma entrevista. Vão achar bem legal, e pode até ser que a empresa nem use tal ferramenta!

Portfólio Sidnei Santos

Para matar a curiosidade de muita gente, como é a vida de um designer em Dublin?

Hoje em dia a gente ainda está remoto e trabalhamos em squads.

O time de design é bem pequeno, então tem eu e a minha par. Estamos com planos de crescer o time esse ano, então vamos adicionar uma terceira pessoa ao time.

A gente trabalha muito focado com os desenvolvedores.

Como falei, ainda estamos remoto então, mesmo estando em Dublin, eu trabalho de casa, das 09 às 17h.

Vamos ao escritório pelo menos uma vez por semana para manter a interação do time ou, dependendo da demanda, para ter reuniões com clientes, fazer workshops, etc.

Eu achei que seria mais difícil do que realmente é, principalmente por causa do idioma.

Acho que nós brasileiros temos essa questão com o inglês. A gente pensa que nosso inglês tem que ser perfeito.

Claro que quanto melhor o inglês, mais fácil vai ser o dia a dia, muitas portas vão ser abrir.

Mas eu também acho que a gente tem que colocar na cabeça que se você tem um inglês comunicável, as outras coisas a gente consegue aprender no dia a dia.

Por exemplo, termos técnicos específicos de uma empresa. Eu trabalho numa empresa do setor de registry, que é algo que eu nunca tinha ouvido falar antes e estou aprendendo todo dia sobre o tema.

A interação com o time é tranquila e são todos muito receptíveis. A empresa é muito cosmopolita, então temos pessoas de várias nacionalidades. Acho que eu sou o terceiro brasileiro que está na empresa atualmente.

Temos indianos, portugueses, espanhóis…

Os irlandeses entendem as barreiras que a gente — imigrantes — enfreta e admiram bastante os estrangeiros por dominarem uma segunda língua com todos os obstáculos que isso traz. Isso é muito valorizado, não posso deixar de falar isso.

Sidnei, obrigado e muito sucesso em Dublin pra você!

Programas

Nosso maior orgulho é todo mês ter pessoas da comunidade contratadas em grandes empresas, em países como
Brasil, EUA, UK, Irlanda, Alemanha, Holanda, Espanha, Portugal, Áustria, Rep. Tcheca, Nova Zelândia e Canadá.

Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro
Parceiro Parceiro