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Redes Sociais: Precisamos Falar Sobre Nossa Saúde Mental
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Redes Sociais: Precisamos Falar Sobre Nossa Saúde Mental

rede sociais e saude mental

As redes sociais vieram para romper barreiras geográficas, nos entreter e permitir o contato com amigos e parentes de qualquer lugar do mundo. É ótimo não se sentir sozinho, mas essas plataformas estão de fato contribuindo para isso?

Estudos e pesquisam nos alertam quanto aos malefícios das redes sociais e o debate sobre as consequências dessa exposição se tornou ainda mais urgente após o isolamento pandêmico.

Nesse artigo iremos abordar questões de saúde mental como depressão, ansiedade, e distúrbios de sono ligados ao uso de redes sociais. Continue lendo para saber como estabelecer uma relação mais saudável com as mídias!

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Estudos sobre o efeito das redes sociais

A crescente evolução tecnológica nos deixa cada vez mais conectados e dispositivos digitais fazem parte do nosso dia-a-dia.

Com isso, estamos cada vez mais grudados em nossos celulares, e o acesso a redes sociais acabou virando um 'tique'— ou seria um toc? — para muitos.

Não há dúvida sobre a utilidade das redes sociais. Usamos para conectar pessoas, negócios e disseminar informações do mundo todo. Também é uma ótima ferramenta para as empresas se comunicarem com consumidores e comercializarem seus produtos e serviços.

No entanto, com o famoso botão de Like implementado pelo Facebook em 2009, as principais plataformas sociais criaram um mecanismo de fazer os usuários se sentirem eternamente insatisfeitos, incitando também o julgamento alheio.

O feed dos usuários passou a ter um algoritmo baseado em engajamento, que basicamente significava a habilidade que um post tinha de desencadear emoções, fato que mudaria para sempre como interagimos com as redes sociais.

A urgência acerca do assunto vem crescendo e pesquisas sobre o impacto das redes sociais ganham destaque na mesma velocidade.

Aumento nos sintomas de depressão

redes sociais e depressao

Você sabia que quanto mais tempo os adolescentes passam olhando para as telas, maior a probabilidade de relatarem sintomas de depressão?

Um dos estudos mais influentes sobre o tema foi publicado por Twenge, Joiner, Rogers, e Martin em 2018 e comentado em diversos meios de comunicação e publicações do mundo todo.

O resultado da pesquisa sugere que os nascidos após 1995 (chamados iGen ou geração smartphone) apresentam níveis muito maiores de depressão, solidão, distúrbios do sono e também evitam ao máximo o papel de 'ser adulto' quando comparados às gerações anteriores.

Como essas tendências surgiram ao mesmo tempo em que smartphones ficavam populares, os autores indicaram que o tempo gasto no celular, especialmente nas redes sociais, poderia ser o fator responsável pelo grande aumento de problemas de saúde mental entre adolescentes.

De acordo com Jean Twenge, a 'geração smartphone' é mais dependente, menos propensa a dirigir, trabalhar, fazer sexo, sair de casa ou consumir bebidas alcoólicas.

Ela também fala sobre o perigo da super-conectividade, já que a maioria dos jovens passa uma média de seis horas por dia conectado e acaba passando muito menos tempo com amigos, o que pode afetar o desenvolvimento de habilidades sociais.

"O que me impressionou na pesquisa foi que os adolescentes estavam bastante cientes dos efeitos negativos dos celulares[…]E um estudo com 200 universitários que fizemos mostrou que quase todos prefeririam ver seus amigos pessoalmente." Jean Twenge

Apesar de tudo, essa consciência não faz com que mudemos nossos hábitos.

Isso pode ser considerado alarmante, pois mesmo identificando que tanto tempo gasto em redes sociais pode nos fazer mal, não conseguimos quebrar o ciclo.

Dica de leitura: Trabalho Remoto: Quais as Perspectivas Durante e Pós-Pandemia?

A qualidade do sono

como redes sociais impactam nosso sono

O que você faz antes de dormir? A maioria de nós passa um bom tempo olhando o celular, postando fotos, vendo stories, comentando e respondendo.

Pesquisas sugerem que o uso de redes sociais antes de dormir, combinado ao “medo de estar perdendo algo” (FOMO) afetam os hábitos de sono, desencadeando outros problemas como estresse e ansiedade. Isso prejudica a saúde física e mental, afetando o funcionamento cognitivo e a estabilidade emocional.

O famoso termo "fear of missing out" representa um sentimento relatado por muitos usuários, em especial os mais jovens. É definido como "a inquieta sensação de que você está perdendo algo que os outros estão fazendo; provavelmente algo melhor do que você está fazendo".

Essas comparações costumam levar a uma crença de que você tem uma vida pior do que a de outras pessoas, desencadeando frustrações.

De acordo com uma pesquisa conduzida por Felipe Guimarães (fundador da Aela) sobre o impacto das redes sociais na saúde mental de jovens e adultos, 4 dos 5 participantes relataram algum problema de saúde mental.

Os participantes do estudo associaram suas queixas ao tempo gasto em redes sociais e ao impacto disso em sua qualidade e tempo de sono. Infelizmente, a pandemia acabou acentuando esses problemas, pois as pessoas estão passando mais tempo no ócio digital.

Dos entrevistados, 2 estão em processo de mudança de hábitos e estabeleceram como meta passar menos tempo em redes sociais. Eles notaram uma melhora em seus hábitos de sono, além de se sentirem mais dispostos e de bom humor durante o dia.

Segundo a Academia Americana de Medicina do Sono, é recomendado um mínimo de 7 a 9 h de sono regularmente. Dormir menos horas do que a duração recomendada está associado a problemas de atenção, comportamento e aprendizado.

Filtros do Instagram: um desserviço à humanidade?

filtros do instagram

Diversos estudos apontam o Instagram como a rede social mais prejudicial à saúde mental.

Na era dos influencers, estamos mais habituados a ver fotos editadas do que fotos reais. Essa facilidade para editar e aplicar filtros colabora com uma distorção da realidade e aumenta nosso senso crítico com o que é de fato, natural.

Além disso, o Instagram teve efeitos dramáticos especialmente no público feminino, levando jovens a se 'comparar e se desesperar' enquanto percorriam postagens de outras pessoas exibindo corpos e vidas que haviam sido editadas e reeditadas até que estivessem mais próximas da perfeição do que da realidade.

As curtidas viraram moeda de troca, como uma recompensa por seguir atitudes e um certo padrão validado pelas massas.

Por ser uma rede focada no visual, o Instagram leva à supervalorização da imagem, de maneira que os perfis com mais curtidas e seguidores ditam não só os padrões de beleza como os padrões sociais.

Comparar o corpo com os outros expostos na rede pode ser uma porta de entrada para distúrbios alimentares e dificuldade de autoaceitação.

Segundo o especialista em neuropsicologia Stanley Rodrigues, as pessoas podem desenvolver um comportamento que se desvia dos referenciais éticos de cada um, para se adaptar ao que a maioria visualiza, segue, curte e comenta.

Dica de leitura: 5 Livros de Psicologia Essenciais Para UX Design

Aumento nos índices de solidão

O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), vem avaliando jovens com a idade de 15 anos em vários países desde 2000.

O estudo mostra que o fator 'solidão' em adolescentes foi relativamente estável entre 2000 e 2012, com menos de 18% relatando altos níveis de solidão.

Porém, após o ano de 2012, foi reportado que em 36 dos 37 países, o índice de solidão nas escolas vem aumentando.

As taxas aumentaram praticamente em dobro na Europa, América Latina (especialmente Brasil) e países de língua inglesa (Australia, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia, Reino Unido, Estados Unidos).

Sendo que antes da ascensão dos smartphones, o Brasil era um dos países que registrava os menores índices de solidão.

Essa sincronia global entre o aumento dos índices de solidão entre adolescentes sugere também uma causa global, e tudo aponta para os smartphones e as redes sociais serem os principais vilões da história.

Para testar essa hipótese, Jonathan Haidt e Jean Twenge cruzaram dados sobre diversas tendências globais que podem ter impactado na solidão em adolescentes, incluindo: redução no tamanho da família, aumento de desigualdade social, aumento do desemprego, mais acesso a smartphones e mais horas de uso da internet.

Os resultados foram claros: apenas o acesso ao smartphone e o uso da internet aumentaram de acordo com a solidão em adolescentes. Os demais fatores ou não estavam relacionados ou eram inversamente correlacionados.

Sabemos que a solidão não é o mesmo que depressão, mas com certeza, as duas estão associadas — adolescentes solitários geralmente são adolescentes deprimidos e vice-versa. E a solidão é sempre dolorosa, mesmo sem depressão.

O lado oculto das redes sociais

impacto das redes sociais na sociedade

The Dark Side of Social Media oferece uma visão cautelosa sobre os desdobramentos negativos das redes sociais.

Além do livro abordar questões relacionadas à saúde emocional e mental, os autores também listam outras consequências que o uso excessivo de redes sociais pode trazer, como:

  • Períodos de atenção reduzidos (imediatismo);
  • Super-valorização da imagem e narcisismo;
  • Declínio da qualidade das relações interpessoais e habilidades sociais;
  • Privacidade e segurança;
  • Cyberstalking;
  • Cyberbullying;
  • Desinformação e fake news;
  • Efeitos negativos em relacionamentos.

Você já ficou tão grudado no celular que perdeu a noção do tempo e acabou indo dormir muito mais tarde do que deveria?

Ou já ficou chateado por postar algo e não receber 'likes'ou apenas comentários negativos?

Talvez um conhecido seu já tenha passado por uma situação desconfortável porque você ou outra pessoa postou alguma informação privada no Instagram, ou Facebook.

Você provavelmente respondeu sim, a pelo menos uma dessas perguntas. E o mesmo acontece com todos nós. Alguns erros podem se tornar irreparáveis, e muitos adolescentes estão sofrendo com a consequência desses atos.

Momentos entre pais e filhos, amigos, namorados e colegas de trabalho são desperdiçados por estarmos tão conectados em nossos telefones.

As redes sociais nos aproximam de pessoas que possam estar longe ao mesmo tempo que nos separa de quem está perto.

Pode parecer clichê, mas é apenas ciência: é no toque humano e no contato com a natureza que nossa mente acalma e o corpo trabalha melhor.

Comparações e Expectativas

comparações e expectativas

Via de regra, as redes sociais são espaços coletivos para compartilhamento de boas notícias: viagens, casamentos, encontros de amigos, festas e aventuras emocionantes. E isso é ótimo.

Só que é apenas um recorte de momentos que muitas vezes não traduzem o dia-a-dia. Com essa comparação criam-se expectativas; de relacionamento, de onde você deveria estar em sua carreira, de como criar filhos ou de como se vestir e agir.

Comparamos nossos piores momentos com os melhores momentos de outras pessoas, que muitas vezes são filtrados para parecerem perfeitos. As expectativas para nossas vidas acabam sendo irreais e distorcidas com base no que achamos que os outros possuem.

Lembre-se: as pessoas geralmente não levam a vida que imaginamos.

Quem já viveu um bocado sabe que expectativas são uma via rápida para a frustração, e podem gerar um estresse imenso quando não correspondem à realidade.

Isso não significa que devemos parar de sonhar ou de chegar mais longe. A comparação até pode ser saudável – e é algo que ocorre naturalmente – quando nos motiva e inspira, de acordo com nossos próprios ideais e valores.

Mas esperar que nossas vidas correspondam ao que vemos no Instagram, só pode ter um resultado: sentimentos de rejeição e inadequação, auto-estima prejudicada e até sintomas de depressão, como ansiedade ou angústia.

Um ótimo artigo no Psychology Today fala sobre essa armadilha da comparação em que muitos de nós caímos, com o aumento do uso de redes sociais.

Começamos a nos importar mais com coisas que geralmente não nos importávamos no passado. Como criar a sala de estar perfeita digna de Pinterest, ou assar um bolo-capa-de-revista.

Diante disso, vale lembrar que apreciamos muito mais as experiências que estamos vivendo quando não estamos preocupados com o que não temos, mas sim, gratos pelo que temos.

Dica de leitura: Product Designer na Udemy Dublin – Entrevista com Inis Leahy

Como utilizar redes sociais de forma (um pouco mais) saudável

dicas para usar redes sociais de forma saudavel

As pessoas passam em média 2 horas e 22 minutos em redes sociais por dia, esse número é muito maior em alguns países e em algumas faixas demográficas.

Além disso, esse tempo aumenta a cada ano e a pergunta permanece: qual seria o tempo ideal para gastar em redes sociais?

No entanto, devemos focar mais sobre como usamos e por que usamos esses sites e aplicativos.

Se usarmos como ferramentas para envolver, apoiar e nos conectar com os outros, o efeito pode ser positivo e edificante.

Mas eles continuarão a ter efeitos negativos em nossa saúde mental se não estivermos vigilantes.

Dessa forma, compilamos uma lista com algumas dicas que podem ajudar a criar uma relação mais saudável com o tempo gasto em redes sociais:

1) Não use apenas para passar o tempo

Está com tempo livre? Olhe ao seu redor, escute uma música, leia um livro ou experimente conversar com um estranho.

2) Preste atenção no seu presente

Não troque a sua própria realidade e o que está acontecendo a sua volta, pelo que está acontecendo no seu celular.

3) Pense menos no que os outros estão fazendo

Não faça comparações que não são realistas, observando compulsivamente o que está acontecendo na vida dos outros. Observe a sua vida e aprecie o seu momento.

4) Monitore seu tempo em redes sociais

Observe por quanto tempo e com que frequência você acessa as redes sociais. Isso te ajuda a perceber o quanto isso pode estar tomando seu tempo e como pode afetar sua vida pessoal.

5) Preste atenção aos chamados

Preste atenção quando amigos ou familiares tentam chamar sua atenção, ou dizem que você gasta muito tempo no celular. Você pode estar perdendo uma oportunidade de se conectar de forma real, o que te faz sentir menos solitário a longo prazo.

6) Fique atento a mudanças de humor

Monitore suas emoções: antes, durante e após o uso de redes sociais. Isso te proporcionou bem-estar ou desencadeou sentimentos de angústia, ansiedade, ciúmes, rejeição ou solidão? Uma opção é filtrar o que você visualiza no seu feed; deixe de seguir perfis que não te fazem bem ou silencione (mute) os posts e stories dessa pessoa.

7) Não tome tudo que vê como realidade

Entenda que todas as postagens geralmente são cortes positivos (e filtrados) na vida das pessoas e não refletem o dia-a-dia, ou até a situação em questão. Dessa forma, não faz sentido fazer comparações.

8) Preserve-se quando necessário

Observe o quanto você se expõe em redes sociais. Se opiniões ou comentários estão te deixando angustiado, ou triste, evite postagens que possam contribuir para isso.

9) Pratique o auto-controle

Tudo bem, você está habituado a checar o celular para verificar notificações. Ao perceber que está pegando o celular logo após tê-lo guardado ou que muito tempo já se passou desde que "só foi conferir uma coisinha", deixa-o de lado um pouco, de preferência mais distante de você.

10) Estabeleça uma meta

Estabeleça um tempo limite para gastar em redes sociais diariamente e tente não passar disso. Aos poucos, isso se tornará um hábito.

11) Desative notificações

Isso é bem importante, desative qualquer notificação desnecessária nos seus aplicativos. Comentários ou interações em redes sociais não são urgentes e não precisam ser imediatamente checados.

12) Faça uma curadoria

Mantenha conteúdos que promovam reflexões saudáveis e que te tragam sensações boas. Avalie também o que você compartilha. Pergunte a si mesmo antes de postar algo: estou sendo transparente? Isso pode gerar algum sentimento ruim na vida de outra pessoa?

Por fim

É comum querermos compartilhar nossos bons momentos: perda de peso, uma roupa nova, academia antes das 6h, mas é realmente necessário fazer isso no instagram? Ou ainda, por que não mostrar o lado vulnerável e imperfeito que todos nós tempos, e gerar uma corrente de apoio? Reflita e cuide de sua mente!

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