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A Importância da Psicologia em UX Design
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A Importância da Psicologia em UX Design

A Importância da Psicologia em UX Design

Você passou bastante tempo desenvolvendo seu produto, vai ser um sucesso, não é mesmo?

Ele é diferente, inovador e não tem como o usuário não gostar! É perfeito.

É com esse pensamento que você coloca mais um projeto de UX Design no mercado, esperando a repercussão positiva, obviamente.

No entanto, as pesquisas seguintes sugerem que os usuários não estão sabendo usar o produto. A interação deles não está positiva, a Jornada do Usuário tem muitos problemas e alguns comportamentos esperados simplesmente não acontecem.

O que houve de errado? Por que as pessoas não se comportaram e não utilizaram o produto como elas deveriam?

A resposta para essas perguntas pode estar em outra área, além do UX: a psicologia.

Você sabia que o comportamento e a cognição, campos de estudo da psicologia, são importantes para o sucesso de um projeto em UX Design?

Pois é! Fique com a gente nesse artigo que vamos te explicar melhor quais são esses conceitos e como a psicologia pode trazer benefícios para você, UX Designer!

O que a psicologia estuda?

A psicologia é uma ciência que tem como objetivo — colocando de uma maneira simples — estudar a mente e como ela influencia no comportamento das pessoas.

Segundo a APA (Associação de Psicologia Americana) a ciência da psicologia:

“Beneficia e melhora as nossas vidas. Psicólogos analisam as relações entre as funções do cérebro, o ambiente externo e o comportamento, aplicando o que aprenderam para iluminar o entendimento e aperfeiçoar o mundo a nossa volta.” – Site APA

Durante muito tempo a psicologia estava contemplada dentro da filosofia. Alguns filósofos, inclusive, tinham alguns pensamentos sobre o assunto, como Sócrates, Platão, Aristóteles e Descartes.

Foi somente em 1870 que a psicologia se tornou uma ciência independente, a partir dos estudos do alemão Wilhem Wundt.

A partir de então, os estudos da psicologia ganharam avanços e várias ramificações surgiram.

Dica de Leitura: 5 Livros de Psicologia Essenciais para UX Design

Ramificações da psicologia

A psicologia possui diversas categorias de estudo dentro de si, por exemplo:

  • Psicologia Clínica;
  • Psicologia do Desenvolvimento;
  • Psicologia da Saúde;
  • Psicologia Social;
  • Psicologia Ocupacional;
  • Psicologia Cognitiva;
  • Psicologia Comportamental.

Quando falamos em UX Design as duas categorias da psicologia que se aplicam à área são: a Cognitiva e a Comportamental.

Mas o que há nesses estudos que beneficiam o UX Design e a maneira como ele desenvolve os produtos e interações?

Como a psicologia cognitiva se relaciona com UX Design?

A Psicologia Cognitiva é a área de estudo que possui foco no processo de cognição e de pensamento.

Ou seja, ela abrange assuntos como atenção, memória, percepção, linguagem, tomada de decisão, entre outros.

Com isso, já podemos perceber que os assuntos abordados pela psicologia cognitiva têm bastante relação com conceitos de UX Design. Vamos passar por alguns deles!

Percepção

Percepção é como captamos e interpretamos as informações do ambiente, por meio de nossos sentidos — visão, olfato, audição, tato e paladar. As nossas estruturas sensoriais são a base para que sejam construídas as nossas visões e compreensão do mundo.

A percepção está também atrelada à atenção, que trata da priorização que nosso cérebro proporciona frente aos diversos tipos de estímulos.

Ora, conseguimos aqui claramente colocar na rotina de desenvolvimento do UX Design os estudos sobre percepção e atenção, certo?

Os produtos — sejam aplicativos, sites, softwares — precisam chamar a atenção do usuário por meio de estímulos sensoriais. Cores, tamanho dos ícones e tipografia são alguns exemplos.

Além disso, é importante que o Design faça sentido no ponto de vista de sua estrutura e organização. A mente humana trabalha para reconhecer padrões e cada padrão deve “fazer sentido” para o usuário.

Por exemplo: a organização e disposição de certo grupo de links clicáveis em um aplicativo devem fazer sentido para que o usuário reconheça essa disposição como um padrão e consiga usá-lo de forma intuitiva diversas vezes.

Neste exemplo, ainda, é importante a definição de padrões para que o usuário memorize a maneira como deve interagir com o aplicativo. A memória também é algo muito importante em UX!

Dica de Leitura: Tipografia – O Que É e Como Ela Contribui Para a Experiência do Usuário?

Memória

A memória é a nossa capacidade de armazenar e registrar informações já processadas pela nossa mente. Ainda, é a capacidade de recuperar essas informações quando quisermos, se em condições normais de saúde.

Em UX Design, a questão da memória é fundamental. Ela trabalha com a possibilidade do usuário lembrar ou não das informações ou da maneira como que se interage com a interface.

Os projetos de UX Design devem levar em consideração a capacidade de memorização do usuário. Isso não significa que é necessário desenvolver produtos que sejam inesquecíveis. Mas é importante identificar em quais momentos o usuário pode precisar de ajuda para se lembrar de, por exemplo, como preencher um formulário.

A memória possui 3 tipos de modelos mentais:

  1. Memória sensorial (snapshot): é a memória do instante. Tem uma duração muito curta (menor que 1 segundo) e uma capacidade muito limitada de armazenar informações;
  2. Memória de curta-duração (temporary buffer): também conhecida como memória primária. Em geral expira após 30 segundos. Ainda tem uma capacidade limitada de armazenamento, mas é maior que a memória sensorial;
  3. Memória de longa-duração (permanent store): a duração é ilimitada, assim como a capacidade do que se armazena.

Linguagem

A linguagem é a maneira como recebemos, interpretamos e emitimos informações. Fazemos isso por meio de símbolos, com o ambiente e com as outras pessoas.

Ela — a linguagem — está diretamente relacionada com a cognição e com o pensamento sendo uma das caraterísticas mais marcantes dos seres humanos.

Para UX Design, a linguagem é importante pois a comunicação feita com o usuário deve ser clara. Deve-se levar em consideração quem é o seu usuário, onde ele vive, quantos anos ele tem, etc.

Dessa forma, a linguagem deve estar de acordo com quem é que está interagindo com a interface.

Nesse sentido, a comunicação com o usuário significa toda a forma de texto que o produto possui como forma de interação. O que está escrito em um menu, nos botões, em algum formulário ou tabela.

Podemos ainda dizer que a linguagem não se limita ao texto como conhecemos. É possível utilizar símbolos que façam parte da identidade do produto. Desde que esses símbolos estejam claros e sejam entendidos pelo usuário, a aplicação deles em projetos é muito possível!

A linguagem ajuda o usuário a entender que tipo de interação é esperada em um determinado momento. Além de deixar clara a necessidade de alguma ação ou tomada de decisão.

Dica de Leitura: Padronização em UI – Design de Interfaces Consistentes

Pensamento

Por definição, todo ser vivo que possui um sistema nervoso, possui também alguma estrutura de pensamento. E é claro, isso não é diferente para os seres humanos.

O pensamento é a capacidade de interpretar, organizar e relacionar conceitos e informações. É importante, pois é por meio do pensamento que nós conseguimos tomar as nossas decisões e solucionar problemas.

Mas como isso se relaciona com UX Design?

Se pensamento é relacionar conceitos para tomar uma decisão, o UX Design precisa desenvolver seus produtos de forma que tudo esteja favorável para que o usuário tome a decisão que se quer.

Esse conceito está em linha com o Design Centrado no Usuário, em que o foco no usuário é o que determina como será desenhado o produto. Dessa forma, ele terá a melhor experiência possível e tomará a decisão de continuar utilizando sua interface ou outra tão importante quanto.

Vimos que a psicologia cognitiva traz conceitos e estudos sobre a mente humana e como ela se relaciona com as emoções e o ambiente. Mas também existe a parte da psicologia que estuda os comportamentos. E esse campo também é importante para o UX Design!

Psicologia comportamental e o UX Design

A psicologia comportamental tem como base os conceitos de behaviorismo criados por Edward L. Thorndike e John Watson.

Basicamente, este campo da psicologia diz que é possível induzir as pessoas — ou até mesmo animais — a terem certos comportamentos, submetendo-as a certos estímulos.

Em UX isso significa que, por meio de pequenos estímulos dentro da sua interface, é possível garantir que o usuário tenha o comportamento esperado. Entenda comportamento, nesse caso, como preencher totalmente um formulário, usar as features de um aplicativo corretamente ou até mesmo criar um novo hábito de consumo.

A teoria da psicologia comportamental indica 4 tipos de condicionamentos operantes:

  • Reforço positivo: comportamentos reforçados a partir da adição de estímulos;
  • Reforço negativo: comportamentos reforçados a partir da subtração de estímulos;
  • Punição positiva: comportamentos desestimulados a partir da adição de estímulos;
  • Punição negativa: comportamentos desestimulados a partir da subtração de estímulos.

Portanto, no desenvolvimento de interfaces é importante levar em consideração qual o comportamento esperado do usuário e o que se pode fazer para reforçá-lo.

Por exemplo: se é esperado que o usuário preencha todos os campos de um formulário, podemos indicar de alguma forma que todos os campos são obrigatórios. Essa ação é um exemplo de reforço positivo.

Dessa forma, garantimos que o formulário seja preenchido corretamente e o usuário tenha uma experiência melhor do que se fosse impedido de continuar com a sua interação.

Dica de Leitura: Design de Interação: 6 Princípios Fundamentais

Conclusão

A relação entre o UX Design e a psicologia é bem estreita. Afinal, o usuário, foco do UX, é um ser humano e possui padrões cognitivos e comportamentais.

Dessa forma, é crucial entender os conceitos de psicologia escritos nesse artigo para desenvolver produtos e interfaces que garantam uma experiência incrível para o usuário.

A psicologia traz ferramentas e percepções indispensáveis para você entender melhor o seu usuário e como ele interage com o seu produto.

Já dissemos em vários outros artigos, o UX Design é uma área multidisciplinar. Entender sobre outras áreas e conceitos é necessário para seu desenvolvimento.

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