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Como Identificar a Maturidade Em UX Design Das Empresas?
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Como Identificar a Maturidade Em UX Design Das Empresas?

Como Identificar a Maturidade Em UX Design Das Empresas?

UX Design consegue ter impacto positivo em diversas áreas de uma empresa. Por conta de produtos voltados para o usuário, a empresa consegue aumentar seu valor e ter boas perspectivas financeiras, por exemplo. Ou seja, os benefícios do UX vão além do Design.

No entanto, a visão do UX Design como uma área estratégica ainda não é comum entre muitas empresas.

Neste artigo, vamos explicar um pouco mais sobre os 5 diferentes níveis empresariais de maturidade de práticas em Design. Isto é, os 5 estágios pelos quais as empresas passam até aperfeiçoarem e integrarem a área em todas as suas operações e os benefícios advindos dessa integração.

Além disso, explicaremos o papel do UX/UI Designer em evangelizar a favor de sua profissão e área; incentivando e motivando as empresas a se desenvolverem cada vez mais e a aumentar a presença do Design em suas operações.

UX/UI Design está em alta

O UX Design está cada vez mais popular e seu crescimento está bem evidente. Na verdade, segundo um estudo da NN/g, a perspectiva é que em 2050 haja cerca de 100 milhões de profissionais de UX no mundo.

Mesmo com a crise sanitária causada pela pandemia em 2020, as perspectivas para o mercado de UX Design não poderiam ser melhores.

A pandemia trouxe a necessidade das empresas se digitalizarem, criando apps, softwares e sites para os seus produtos.

Com isso, a busca por profissionais da área aumentou e o mercado começou a entender melhor a importância do UX Design em sua estratégia.

Dica de Leitura: Vale a Pena Migrar para UX Design em 2021?

Quais os impactos do UX Design nas empresas?

Quanto mais uma empresa entende a importância do UX Design para as suas operações e integra profissionais da área em sua equipe, mais cedo ela terá benefícios como:

  • Maior satisfação dos usuários;
  • Melhor usabilidade dos produtos;
  • Maior lucro;
  • Maior economia de gastos;
  • Time-to-market (o tempo entre a análise de um produto e sua disponibilização para o mercado).

Quando empresas estabelecem condições apropriadas e espaço de trabalho para os Designers, elas passam a compreender melhor seus usuários. Com isso, começam a explorar novas possibilidades de experimentação em seus produtos ou serviços.

A pesquisa The New Design Frontier, da InVision, realizada com mais de 2.200 Designers do mundo, apontou as áreas onde a equipe de Design de uma empresa tem maiores impactos positivos:

  • Qualidade do produto;
  • Eficiência operacional;
  • Finanças/ rentabilidade;
  • Marketing.

Além disso, um grande benefício é ter acesso a novas informações por meio de vários testes e pesquisas com o usuário. A coleta desse tipo de dado e informação pode dar suporte em tomada de decisões mais precisas.

Gráfico baseado nos dados do The New Designer Frontier, da InVision

5 níveis de maturidade em UX Design

De acordo com o The New Design Frontier, existem 5 níveis de maturidade relacionados às práticas de Design nas empresas.

O estudo avaliou as respostas de diversas empresas e criou Níveis de Maturidade baseados na percepção da importância do UX Design.

Dessa forma, empresas de Nível 1 têm menos percepção dos impactos do UX Design nos negócios e, ao contrário, as de Nível 5 tem maior percepção.

Gráfico baseado nos dados do The New Designer Frontier, da InVision

Em todos os fatores avaliados — Receita, Redução de Custos, Time-to-market e Valoração), o impacto percebido pelas companhias de Nível 5 foi muito maior que as Nível 1. Em relação à valoração, a diferença foi de 26 vezes!

Com isso, a InVision classificou cada um dos Níveis de empresa em:

  • Produtores (Nível1);
  • Cientistas (Nível 2);
  • Arquitetos (Nível 3);
  • Conectores (Nível 4);
  • Visionários (Nível 5).
Gráfico baseado nos dados do The New Designer Frontier, da InVision

Nível 1: Produtores (Producers)

As empresas nesse nível ainda são mais focadas no aspecto visual do UI/UX Design. Nessa fase, elas fazem suas primeiras tentativas de mostrar eficiência e criar histórias consistentes por meio de guidelines visuais.

No entanto, elas acabam negligenciando processos, ferramentas e colaboração entre profissionais e equipes. Essa falta de atenção acaba gerando uma desconexão entre o que os Designers projetam e o que os desenvolvedores criam.

Para subir de nível, e se tornarem empresas mais maduras em UX, elas devem:

  • Incorporar pesquisas e levantamento de dados de usuários do produto ou serviço;
  • Aumentar a colaboração entre equipes.

Desta forma, elas passam a entender que o Design é mais do que simplesmente uma tela bonita.

Gráfico baseado nos dados do The New Designer Frontier, da InVision

Dica de leitura: Design System – Como Funciona e Por que Usá-lo?

Nível 2: Conectores (Connectors)

Nas empresas do Nível 2, as equipes de UI/UX Design conseguem desenvolver processos mais integrados e colaborativos com outras áreas. Além disso, processos necessários se tornam mais comuns, como:

Para se tornarem mais maduras, as empresas que estão nessa fase devem:

  • aprofundar-se no design de sistemas;
  • contratar profissionais para funções associados a uma abordagem sistemática (designers, engenheiros, gerentes de produto).

Quanto mais ênfase essas empresas colocam no design como parte integrada de seus negócios, mais se torna necessário focar nas ferramentas essenciais para execução de projetos.

Gráfico baseado nos dados do The New Designer Frontier, da InVision

Nível 3: Arquitetos (Architects)

Empresas de Nível 3 costumam formalizar o UI/UX Design como função escalável. Elas vão além dos processos básicos e passam a ter mais clareza de funções, responsabilidade conjunta e maior documentação de suas práticas de Design.

Nessa etapa, as empresas passam a ter equipes de UI/UX maiores, já que são mais focadas nos mecanismos operacionais. No entanto, apesar da grande quantidade de profissionais da área, muitas vezes as empresas não conseguem avaliar a eficiência e qualidade do trabalho feito.

Para chegar ao Nível 4, elas ainda precisam fortalecer suas práticas de experimentação e criar rotinas envolvendo:

  • Desenvolvimento de hipóteses;
  • Realização de testes de usabilidade;
  • Medição de resultados obtidos.
Gráfico baseado nos dados do The New Designer Frontier, da InVision

Nível 4: Cientistas (Scientists)

As empresas nessa etapa são muito desenvolvidas em UI/UX Design orientado a dados. Elas possuem práticas de análise mais sofisticadas, fazem mais experimentos, recrutamento para pesquisa de usuários e monitoramento para medir o sucesso do projeto.

Além disso, essas empresas estão começando a trabalhar com estratégia de design na prática, participando de algumas pesquisas de mercado. Suas equipes são mais independentes e utilizam abordagens baseadas em dados, integrando ideias, experimentos e análises.

Para suportar todas essas ações, as operações de design são totalmente formalizadas. Além disso, os executivos evangelizam a área, declarando sua importância e monitorando seu impacto para a empresa.

O que falta para as empresas de Nível 4 subirem para o 5 é transformar o design em sua estratégia de negócios. Elas já possuem a equipe e todas as operações e ferramentas necessárias. Agora, elas só precisam aplicar o que têm em novos desafios de negócios.

Gráfico baseado nos dados do The New Designer Frontier, da InVision

Dica de Leitura: OKR – Defina, Acompanhe e Alcance seus Objetivos

Nível 5: Visionários (Visionaries)

As empresas de Nível 5 são aquelas que aplicam as práticas de UI/UX em todas as suas áreas. Por isso, alcançaram maturidade em todas as dimensões. No entanto, o que realmente as diferencia das demais é o envolvimento do design em suas estratégias de negócios, por meio de:

  • Técnicas exploratórias de pesquisas de usuários;
  • Pesquisas de previsão de mercado;
  • Entrega de ações unificadas entre plataformas e equipes.

Como resultado desses esforços, as empresas de Nível 5 sentem maior impacto de design em suas operações.

Benefícios percebidos por empresas de nível 5:

  • Satisfação dos usuários por meio da melhoria da usabilidade dos produtos;
  • Aumento da rentabilidade;
  • Redução de custos;
  • Métricas específicas para cada projeto, como de conversão e funil;
  • Time-to-market;
  • Aumento na produtividade da equipe;
  • Entrada em novos mercados;
  • Patentes de Design.

Esses benefícios são ótimos argumentos que você pode utilizar na hora de evangelizar em UX Design sua empresa!

Gráfico baseado nos dados do The New Designer Frontier, da InVision

Normalmente, companhias de grande porte encontram mais dificuldades do que pequenas/médias empresas para chegar ao Nível 5 de maturidade em Design, justamente por sua alta complexidade e escala.

Por essa razão, elas precisam pensar cuidadosamente como integrar UI/UX em seus negócios, focando em:

  • Estratégia;
  • Colaboração;
  • Experimentação;
  • Qualidade.

Como identificar a maturidade de UX Design na empresa?

Apesar da expansão da área, muitas empresas ainda acreditam que fazer testes de usabilidade ocasionalmente significa aplicar práticas de UI/UX. Nesses casos, fica claro que a empresa possui pouca maturidade em UX Design.

Pessoas que trabalham nessas empresas geralmente não conseguem apontar as diferenças entre Design de Interface, de Estratégia e de Interação.

Em empresas com pouca maturidade em UX, os profissionais da área são muitas vezes excluídos das reuniões de produtos. Seus conhecimentos e habilidades não são considerados relevantes para o desenvolvimento do produto ou serviço final.

Outro sinal de uma empresa nesse cenário é a falta de estudos de campo para entender a dor do usuário. Por outro lado, companhias com UX Design solidificado realizam diversas pesquisas de campo antes e ao longo de um projeto.

É importante ressaltar que uma equipe grande não significa maior maturidade das práticas de Design. O que importa é qualidade do trabalho executado e a integração com as outras áreas da empresa, e não a quantidade de pessoas executando esse trabalho.

5 fatores que mostram a falta de maturidade em UX

  1. Hostilidade com o usuário: o único objetivo é desenvolver aplicações que sejam rentáveis, sem se preocupar com quem utilizará aquele produto;
  2. Experiência centrada no desenvolvedor (não no usuário): a equipe de design confia em sua própria intuição para definir o que é uma boa usabilidade. A empresa não desenvolve um processo para rastrear e monitorar a qualidade da experiência do usuário em projetos e não acompanha a qualidade por métricas quantitativas e de usabilidade para definir projetos futuros;
  3. Corporação não dirigida pelo usuário: a empresa pode até utilizar alguns métodos de usabilidade, mas não entendem o UX Design como estratégia corporativa que afeta outras atividades além da usabilidade;
  4. Falta de reconhecimento oficial: não há um reconhecimento oficial de UI/UX como área da empresa e nem um grupo oficial de profissionais da área, liderado por um gerente de UX;
  5. Falta de Orçamento para UX Design: não há um orçamento para a área. Isso significa falta de profissionais especializados, pesquisas com usuários e ferramentas específicas.

Dica de Leitura: Dashboard – Como Criar o Design de Dados e Informações?

A importância de evangelizar o UX Design

Apesar dos vários benefícios que UI/UX Design traz, muitas empresas ainda não entendem a relevância da área e como ela impacta todas as suas operações. Nesses casos, cabe aos profissionais de UI/UX explicar a importância de sua área e mostrar como suas operações adicionam valor aos negócios da empresa.

Além dos benefícios já listados das empresas que incorporam o Design em suas operações, veja algumas dicas para você evangelizar UX:

  • Falar mais sobre as metodologias de design: Design Thinking, Agile, Design Sprint são termos populares no mercado digital. É uma ideia interessante aproveitar esse interesse para aumentar a percepção de sua empresa sobre os diversos resultados do Design;
  • Mostrar detalhadamente todo o processo envolvido no projeto: uma das primeiras coisas que quem entra em UI/UX aprende é a importância de um portfólio detalhado. Trazer isso para dentro da empresa, mostrando tudo que um projeto envolve (Benchmarking, desenvolvimento de wireframes, testes de usabilidade, as tipografias) pode ajudar a mostrar como UI/UX é mais do que uma simples questão estética;
  • Identificar produtos com potencial de redesign ou novos projetos proativamente: entenda quais são as dores da sua empresa e sugira uma solução para algum desses problemas. Aproveite essas oportunidades para mostrar como UX/UI pode ajudar a melhorar as operações da empresa em várias áreas.

Desafios de UX Design para o futuro

Em palestra na UX Conference de Fevereiro de 2019 Jakob Nielsen falou sobre os 10 desafios de user experience para os próximos anos.

O 5º desafio mencionado por Nielsen foi justamente a respeito do uso correto da metodologia UX. De acordo com o cientista, ainda encontramos muitos erros de usabilidade sendo cometidos repetidamente. Para ele, isso ocorre porque muitas empresas, mesmo as especializadas em UX Design, não seguem as melhores práticas da área.

Outro desafio mencionado por Nielsen é evangelizar a metodologia UX. O cientista enfatiza novamente a importância das empresas entenderem e aceitarem a metodologia e suas boas práticas.

Veja a palestra completa do Jakob Nielsen:

Jakob Nielsen na UX Conference Las Vegas em Fevereiro de 2018

Atualmente, apesar de muitas empresas conhecerem e saberem o que é UX Design, algumas delas não capacitam ou desenvolvem plenamente essa área.

Dessa forma, é muito importante que o Designer ajude a empresa onde trabalha a entender a importância de UX/UI para as suas operações e para o desenvolvimento de um bom relacionamento com o usuário final. Além de incentivar o conhecimento dos papéis e funções desempenhadas, além dos benefícios e impactos que o Design oferece.

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